Por Lorenna Montenegro
Direto de Cannes, França
O décimo dia de tapete vermelho, sessões de gala, sessões para imprensa e lançamentos em primeira mão de filmes muito esperados. A sexta 23 reservou emoção e surpresas para o público do festival de Cannes. Começando com elenco infantil e majoritariamente feminino de Woman and Child, de Saeed Roustayi o outro diretor iraniano na competição. O filme sobre uma mãe coragem e sua prole fez o júri oficial chorar litros. Realmente é um melodrama comovente, apesar de um pouco arrastado no ritmo.
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Mas o que comoveu a croisette foi o retorno dos irmãos Dardenne, Jean-Pierre e Luc, a competição de Cannes. Detentores de duas Palmas – por Rosetta (1999) e A Criança (2005), eles não devem ter grandes chances com Jeune Mères ou Jovens Mães, uma obra meio protocolar ainda que tenha a força do drama social que eles dominam; um jovem elenco feminino vivendo os dilemas das mães na adolescência.
E a comoção final do último dia de competição veio com a chegada do astro Josh O’Connor ao festival. Com dois filmes na competição – History of Sound, exibido na quarta, e Mastermind, hoje – ele subiu as escadas do Palais com a equipe do filme de Kelly Reichardt. Mastermind é um filme de heist, roubo de obras de arte, que se desenrola como uma comédia de costumes embebida em melancolia, bem dentro do estilo de Reichardt. Ela, que já esteve em Cannes em 2008 com Un Certain Women na mostra Un Certain Regard, realiza um filme que se não é espetacular, também não é dispensável.
