A conexão entre música e tecnologia proporcionou uma experiência única ao público presente ao Museu do Estado do Pará, tendo a Amazônia como protagonista. O Festival Amazônia Mapping comemorou seu décimo aniversário em grande estilo na noite de sábado (5), no Museu do Estado, em Belém.
O evento pioneiro – um dos maiores do Brasil na área de arte, inovação e tecnologia -, atendeu à expectativa e proporcionou uma noite repleta de inovação e criatividade, transformando a fachada do Palácio Lauro Sodré, que abriga o MEP, em uma grande tela para as projeções, acompanhadas por um repertório musical. O festival promete ainda mais emoções na segunda noite, neste domingo (06), com várias apresentações.
O fisioterapeuta Thiago Machado, 34 anos, e a bibliotecária Fabileny Rodrigues, 34, tiveram a primeira experiência no festival. “A gente já tinha vindo ao Museu do Estado, mas nunca para eventos como esse, de projeção de vídeos nas paredes. O cenário fica bem bonito, prende a gente, além da música”, disse Thiago. “Vamos vir mais vezes”, acrescentou Fabileny.
O festival apresenta obras de artistas nacionais e internacionais, entre eles Ailton Krenak, líder indígena e ambientalista, Ge Viana, VJ Suave em colaboração com Glicéria Tupinambá, Nay Jinknss, Matheus Almeida, Moara Tupinambá, Astigma VJ e Evna Moura. Também são exibidos os trabalhos selecionados por meio de edital, que contemplou 15 produções de artistas de todo o Brasil.
O público assistiu a shows inéditos, que promoveram o encontro de diferentes estilos musicais. O palco recebeu o grupo UAPI – Amazônia Percussiva, que convidou o mestre da guitarrada Manoel Cordeiro e o artista multimídia Astigma VJ para uma apresentação. Em seguida, para o show “Amazônia Pop”, a cantora Aíla convidou Felipe Cordeiro e Victor Xamã.
O momento contou com visuais de Roberta Carvalho, idealizadora e curadora do Amazônia Mapping. Ela destacou que o evento é uma referência para o Brasil, fruto de muito trabalho e com o apoio de parceiros fundamentais, como a Secretaria de Cultura do Pará (Secult), à qual está vinculado o Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM). Ela ressaltou a gratuidade e a participação do público, revelando sua emoção ao ver as pessoas assistindo e interagindo com as obras dos artistas.
A expectativa para segunda noite do Festival Amazônia Mapping também é grande. A promoção de encontros artísticos inéditos é uma das características do Amazônia Mapping ao longo da sua trajetória. O encerramento será marcado por encontros: o Clube da Guitarrada receberá Mestre Solano, autor da conhecida canção “Americana”. O momento será de muita lambada, cúmbia e outros sons e ritmos latinos, em uma verdadeira celebração à música do Pará e da Amazônia.
O Amazônia Mapping é uma realização do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura. A idealização e produção é da 11:11 ARTE. O projeto conta com o patrocínio da Heineken e do Instituto Cultural Vale, via Lei de Incentivo à Cultura (Rouanet), e da empresa Oi, com base na Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Semear), do Governo do Pará, por meio da Fundação Cultural do Pará, e com apoio da Secult. No dia 30 de setembro, o Festival chegará a Alter do Chão, em Santarém, município do oeste paraense.