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Festa de Momo abre alas para os ritmos amazônicos em Icoaraci

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Trio Chamote apresenta um show instrumental que parte da perspectiva refrescante e alegre dos ritmos amazônicos. Foto: Divulgação
Trio Chamote apresenta um show instrumental que parte da perspectiva refrescante e alegre dos ritmos amazônicos. Foto: Divulgação

Nem só de marchinhas e samba enredo é feito o carnaval paraense. Neste domingo, 12 de fevereiro, rei Momo abre alas para a Roda de Carimbó mais tradicional de Belém, realizada todos os domingos, há 23 anos. Coloque na agenda: a partir das 20h, no Espaço Coisas de Negro, em Icoaraci, o Trio Chamote apresenta um show instrumental que parte da perspectiva refrescante e alegre dos ritmos amazônicos.

A proposta é rodar a saia e confraternizar neste pré-carnaval, ao som dos ritmos regionais amazônicos. Utilizando uma inusitada estrutura instrumental: banjos (corda), flautas(sopros) e bateria (pau), o Trio Chamote agrega elementos tecnológicos em suas gravações como forma de experimentar novas timbragens, bem como a confecção de uma bateria e de um banjo específicos para alcançar novos timbre acústicos, propondo uma nova linguagem sonora para a música amazônica.

O grupo é formado pelos músicos Charles Matos (bateria), Luizinho Lins (banjo amazônico) e Sílvio Barbosa (flautas e sax), pesquisadores da música amazônica premiados em editais, com projetos pioneiros sobre instrumentos e ritmos regionais amazônicos. Foi no Coisas de Nego que o Trio Chamote fez os primeiros ensaios e compôs arranjos de nossas composições autorais.

O Trio Chamote desenvolve um novo “sotaque” musical na música regional paraense, mesclando as células musicais dos ritmos ancestrais amazônicos e incorporando elementos do rock dos anos 60 e do jazz.  O grupo também ganhou repercussão principalmente pela pesquisa de instrumentos feita pelos músicos, inclusive com cerâmica, de onde veio a ideia do nome do trio.

Para quem não sabe, Chamote é um processo milenar utilizado na fabricação de peças cerâmicas, consiste na reutilização de fragmentos de peças antigas, misturada ao barro natural “novo”, para confecção de novas peças dando-lhes resistência e durabilidade. Conceito transposto ao trabalho sonoro que o grupo faz com os ritmos regionais e seus temas autorais.

Além do trabalho autoral, o grupo faz releituras de ritmos regionais como carimbó, o lundu e outros. Os músicos entendem que a cultura popular na Amazônia sempre esteve entre as que mais se destacam no Brasil, tanto pelo pioneirismo quanto pela rica diversidade de manifestações culturais.

“O Batuque é a nossa raiz que desencadeia toda a rítmica que o Brasil percussivo e popular possui hoje, o carimbó, lundu, xote, banguê, samba e outros ritmos, são todos conectados ao batuque, bem como aos tambores e as mãos africanas”, comenta Luizinho.

Serviço

Trio Chamote comemora 23 anos da Roda de Carimbó de Icoaraci. A partir das 10h, no Espaço Coisas de Nego – Rua Lopo de Castro, entre a 5ª e a 6ª ruas.