Para celebrar as múltiplas manifestações da fé na capital paraense, a Festa da Chiquita convida o público a prestigiar sua 46ª edição. O evento é idealizado pelo artista Elói Iglesias e vai ser realizado no dia 7 de outubro, na Praça da República, logo após a Trasladação.
A festa contará com quatro movimentos que vão levar, às ruas de Belém, toda a diversidade e fervor com a apresentação de artistas LGBTQIA+ locais e de outras regiões.
Chamada de “Transviadação”, a abertura do evento terá DJs, grupos de carimbó, bandas e personalidades como Bruno Ferraz, Roberta Brito e Carlinhos Gutierres.
Abalando o tapete vermelho da Chiquita, vão se apresentar também a casa de Drag Sachenka Levchenko, com DJ Gadá, Gigi Híbrida, Devon river e Aphrodite; e a casa de Drag Flores Astrais, com Celeste Volupa, Savana, Xirley Tão, e outros.
Ainda que não faça parte da programação oficial da procissão, a Chiquita é considerada Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil, uma vez que se trata de uma festividade tradicional que ocorre no período do Círio de Nazaré.
A origem polêmica da festividade data do carnaval de 1975, quando grupos de homossexuais e simpatizantes criaram um bloco que percorria o centro de Belém. Realizada sempre às vésperas do Círio, desde 1978, a festa era chamada de “Festa das Filhas de Chiquita”, no Bar do Parque, localizado na Praça da República, por onde passa a Trasladação.
A Chiquita também é conhecida pelas honrarias cedidas às pessoas ligadas à causa LGBTQIA+. Entre as premiações estão o “Veado de Ouro”, “Botina de Prata”, “Rainha do Círio” e “Amigos da Chiquita”. Os troféus são tradição desde 1977, onde passaram a ser distribuídos no mesmo bar onde a festa foi consagrada.