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Feira Pan-Amazônica do Livro é oficialmente aberta

A Feira do Livro foi aberta neste sábado no Hangar. Foto: Alex Ribeiro/Ag. Pará
A Feira do Livro foi aberta neste sábado no Hangar. Foto: Alex Ribeiro/Ag. Pará
A estudante Ketlyn Brilhante, 19 anos, moradora do município de Ulianópolis, no Sudeste do Pará, enfrentou mais de seis horas de viagem para participar da abertura da 25ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, na manhã deste sábado (27), no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia.
“Eu e meus cinco amigos, que somos apaixonados pela literatura, fomos os primeiros a entrar na Feira, que é um evento extremamente importante pra gente, porque aqui temos uma diversidade incrível de livros e a valores mais acessíveis. Em uma hora, comprei sete livros e estou muito animada. Os livros são meu refúgio; quando me desligo do mundo e vivo experiências únicas e extraordinárias”, contou Ketlyn.
Cerca de 100 mil títulos estão disponíveis na 25ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, que prossegue até 04 de setembro (domingo), das 9h às 21h, com entrada franca. A apresentação do Boi de Máscaras Veludinho, do Bairro do Guamá, em Belém, deu as boas-vindas aos visitantes, mostrando essa manifestação cultural típica do município de São Caetano de Odivelas, no nordeste paraense.
“O clima de festa, colorido, para receber a população para uma festa literária, que valoriza a cultura, as artes, o teatro, a poesia e a música. A nossa Feira é a terceira maior do Brasil”, ressaltou Bruno Chagas, titular da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).
Este ano, os homenageados da Feira do Livro são a cantora, compositora e professora Dona Onete, e o escritor, jornalista e roteirista Edyr Augusto Proença.
Durante nove dias, a programação inclui shows, encontros literários, apresentações teatrais, rodas de conversa e saraus, divididos pelas seguintes temáticas: Vozes dos Homenageados, Vozes do Escritor Paraense, Vozes da Inclusão, Vozes da Cultura Popular, Vozes da Memória e do Patrimônio, Vozes da Infância, Vozes da Inovação, Vozes Urbanas e Vozes da Amazônia.
A Feira continuará funcionando por 9 dias no Hangar. Foto: Alex Ribeiro / Ag. Pará

Acessibilidade

Na entrada do Hangar, o projeto de extensão Lamparina Acesa Literatura Acessível, do Núcleo de Culturas e Memórias Amazônicas, da Universidade do Estado do Pará (Uepa), acolhe pessoas com deficiência.
“Entre as nossas ações, buscamos oportunizar o acesso à Literatura Amazônica, por isso é tão importante fazer parte da Feira. Estudantes voluntários foram qualificados para atuar como guias videntes e guias intérpretes. Acolhemos visitantes com deficiência visual, auditiva ou motora, que são acompanhados por uma visita guiada. Se for deficiente visual, o guia descreverá os estandes e a ambientação dos espaços. Nas arenas também contamos com o serviço de audiodescrição e interpretação para garantir a acessibilidade”, informou Mônica Carvalho, uma das coordenadoras do projeto.
Antônia Ribeiro, 74 anos, que trabalhou como catadora no Aurá, foi a primeira pessoa com deficiência a receber o acolhimento. Ela, junto com o seu filho, participou da construção da cenografia em alguns espaços da Feira, e logo na abertura quis conferir o resultado do trabalho. “Ver o nosso trabalho de reciclagem do lixão do Aurá, com marcenaria e artesanato por meio do pallet, sendo reconhecido é maravilhoso. Fizemos tudo com muito carinho, alegria e amor. Muito feliz de representar o Aurá e de ter sido tão bem recebida e
acolhida por esse projeto especial”, disse Antônia.
Fonte: Secult