A série documental Favela.doc, que desde março está rodando o Brasil para as filmagens da sua primeira temporada, desembarca em Belém nesta quarta-feira (17), trazendo Marcos Maderito como personagem principal de um dos oito episódios. O projeto mergulha na história do artista para abordar o tecnobrega, ritmo paraense que tem ganhado cada vez mais destaque no país. Dirigida pela cineasta Viviane Ferreira, a produção segue em Belém até o dia 21.
“O público vai ver o tecnobrega raiz, sem maquiagem, a origem de onde começou esse movimento, lá no bairro da Cremação, até a atualidade. A história envolve a nossa musicalidade e eu pretendo mostrar as coisas que realmente acontecem nesse movimento: as festas de aparelhagem, o vendedor de ‘churrasquinho de gato’, os fã-clubes. A gente vai mostrar muita coisa boa que o grande público não sabe sobre o nosso tecnobrega e, principalmente, do eletromelody”, adianta Maderito.
Conhecido por seu trabalho com a Gang do Eletro, que celebra uma década de carreira, preparando tour pelo Brasil, a trajetória do cantor, produtor e compositor Maderito é a base para o episódio do Favela.doc. Dentre seus trabalhos mais recentes, um dos destaques é a parceria com Pabllo Vittar para o álbum “Batidão Tropical Vol. 2”. Lançado no último dia 9, o disco de 14 faixas traz Maderito e a cantora maranhense em uma regravação do sucesso de 2009 “Não desligue o telefone”, da banda Djavú.
“Estou muito satisfeito que o nosso tecnobrega vem ganhando cada vez mais reconhecimento e sinto que estou em um momento maravilhoso da carreira. Desde 2000, quando comecei, até agora, sempre tive lutas, mas também sempre tive vitórias e estou muito feliz em ver minhas músicas tocando nacional e mundialmente, e ganhando destaque”, reflete o icônico artista.
PERIFERIA
BRASILEIRA
Além do Pará, as gravações também têm episódios na Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo e Distrito Federal. Com o objetivo de fazer uma radiografia da música periférica brasileira, o Favela.doc adentra as comunidades, se aprofundando nas raízes do funk, trap, samba, grime/drill, R&B, pagode baiano, bregafunk e do próprio tecnobrega, por meio de personagens centrais de cada estilo e região.
A série é uma coprodução do Distrito Federal e Bahia, numa parceria entre a agência Um Nome, reconhecida pela criação do festival Favela Sounds, e a Odun Filmes, responsável por produções renomadas como “Um dia com Jerusa” e “Mato Adentro”. Viviane Ferreira, cineasta baiana cujo último lançamento nos cinemas foi “Ó Paí Ó 2”, em novembro de 2023, assina a direção e roteiro da obra.