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Este é um dia para celebrar os radialistas paraenses

Nonato Cavalcante, um dos principais destaques do rádio paraense.
Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará.
Nonato Cavalcante, um dos principais destaques do rádio paraense. Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará.

Wesley Costa

Hoje (7), é comemorado no Brasil o Dia do Radialista. A data busca reforçar a importância desse profissional na construção de uma sociedade cada vez mais informada, no fortalecimento da democracia e da liberdade de expressão.

A profissão de radialista mantém-se atemporal e de enorme apelo a uma mídia que possui capacidade única de se comunicar com pessoas e criar boas relações. A forma de contar histórias, levar alegria e informação de qualidade para dentro das casas, nos carros ou até mesmo nas ruas, criando uma atmosfera de emoções, torna a profissão indispensável no universo da comunicação.

Toni Gonçalves é uma das vozes marcantes da programação da Rádio Clube do Pará, que também é uma das emissoras de rádio mais antiga do Brasil. Ex-carregador de cargas na Ceasa-PA, Toni conta que desde criança sentia ter vocação para ser radialista. “Lembro que, quando meus pais saiam para trabalhar, pegava panelas e corria para o quintal de casa e ficava testando a acústica e de que forma minha voz ficava melhor”, lembra.

Formado em jornalismo, afirma que não existe algo mais prazeroso do que interagir com o povo, seja por meio das ondas sonoras ou, até mesmo, cara a cara com as pessoas no meio da rua. “Não tem coisa mais legal para mim do que começar um ao vivo no meio do povo e não saber como vai terminar. Momentos como esses já me renderam várias situações curiosas. Eu gosto de gente, gosto de povo, e isso é muito legal”.

PROFISSÃO

Dos palcos de teatro para a rádio, Geraldo Magela teve seu primeiro contato com a profissão de radialista aos 17 anos de idade. “Desde criança queria ser artista, mas nunca pensei em trabalhar com rádio. Até porque, sempre achei minha voz horrorosa. Mas hoje, faço meu trabalho como se estivesse na minha casa e essa coisa do teatro me ajuda muito, porque eu gosto de entrar na casa do ouvinte. Não quero me distanciar, quero me aproximar. Acho que o rádio e a profissão de radialista em si, tem essa coisa e somos grandes companheiros”, considera.

Dos palcos de teatro para a rádio, Geraldo Magela teve seu primeiro contato com a profissão de radialista aos 17 anos de idade. Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará.

O radialista destaca que a profissão ajuda a humanizar as programações. “Essa que é a nossa função e, por isso, eu acho que o rádio e o radialista nunca vão acabar. Mesmo com toda essa tecnologia que chega dia após dia com força total, qualquer pessoa consegue nos ouvir na rádio que é um dos veículos mais democráticos. Hoje, o nosso principal desafio é fazer com que as pessoas ouçam cada vez mais o rádio e a internet acaba sendo, na minha opinião, uma grande aliada para isso”, avalia.

Natural do município de Bragança, Raimundo Nonato Cavalcante Nascimento, começou no rádio quando conquistou o primeiro lugar de um concurso de locução. Chegou a Belém para ingressar no jornalismo da Rádio Marajoara aos 20 anos de idade. Agora, exercendo a direção de jornalismo e programação da Rádio Clube, o radialista destaca que a profissão se tornou, juntamente com o rádio, ainda mais interativa e opinativa.

“Antes não acontecia nada disso, as rádios eram musicais. Você ligava para o rádio para pedir música e também para se informar. Mas agora é tudo mais interativo, além de ser também muito mais informativo. No passado existia a informação, mas sem opinião. O principal desafio do radialista nos dias de hoje é criar e manter sua credibilidade. Quem não tem credibilidade não tem audiência. Pois, quem dá opinião tem que ter credibilidade. Sem isso, de nada vale”, afirma o radialista.