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Está chegando o Mangueirosa: veja a programação oficial dos shows

Circuito de blocos de rua quer misturar sons que são a cara do Pará e garantir um carnaval sustentável. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Circuito de blocos de rua quer misturar sons que são a cara do Pará e garantir um carnaval sustentável. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Da Redação*

O Circuito Mangueirosa já se prepara para levar milhares de foliões para pular Carnaval pelas ruas de Belém, no ritmo quente e dançante do Pará. A programação gratuita ocorrerá a partir deste sábado, 10, e segue pelos dias 11, 12, 13 e 17 de fevereiro, reunindo dezenas de artistas amazônicos no palco montado no Complexo Ver-o-Rio, com o patrocínio da Equatorial Pará via Lei Semear, do Governo do Pará. A cada data, o público ainda tem a opção de um “after” na Casa Mangueirosa, com mais atrações. Para estes, os ingressos já estão à venda.

Pelo Circuito de rua desfilam cinco blocos, cada um com características específicas. Quem abre a programação é o bloco Lambateria, que desfila no sábado, 10, promovendo um dia dedicado à música latino-amazônica dançante. No domingo, 11, é a vez do Bloco Toma Tua Pisa assumir a programação, misturando artistas de diferentes gerações da música amazônica. Na segunda-feira, 12, é a vez do Pop Amazônico desfilar com o Bloco Lucha Libre, formado pela união das produtoras Mea Chuta e Se Rasgum, e trazendo atrações como Felipe Cordeiro, que ainda convida Rebeca Lindsay, Leona e Malu. Na esperada “Terça-feira Gorda”, 13, quem desfila é o tradicional Bloco Filhos de Glande, que tem o samba como carro-chefe, trazendo nomes como Arthur Espíndola e Iara Mê.

Para fechar o Circuito, no sábado seguinte, 17, o Bloco Tchau, Tchau, Amor, que estreou ano passado, promove a ressaca do Carnaval, relembrando um pouco do que rolou nos dias de Carnaval. Diferentemente dos outros dias, quando a programação gratuita ocorre em palco montado no Ver-o-Rio, no dia 17, os shows ocorrem em trio elétrico estacionado no Complexo e será o único dia com cortejo para acompanhar o público até o after na Casa Mangueirosa.

Criado para resgatar o Carnaval de rua de Belém e para ser uma opção cultural para quem fica na capital paraense durante o feriado de Carnaval, uma vez que a tradição paraense é viajar para municípios do interior do Estado, o Circuito Mangueirosa é fruto da união de seis produtoras culturais: Bloco Filhos de Glande, Lambada Produções, Mea Chuta, Se Rasgum, Tchau, Tchau, Amor e Toró. Um dos compromissos assumidos por elas é dar palco para a música amazônica. Mais de 50 artistas participam do Circuito.

“Nós estamos falando de carnaval raiz, mostrar que aqui no Pará, no nosso estado, nós temos uma cultura pulsante, nós temos cantores, nós temos dançarinos, nós temos um folclore muito lindo e misturar tudo isso é alegria, contagia, é a Mangueirosa na veia”, comenta Michelle Miranda, analista de Responsabilidade Social da Equatorial Pará. “A gente está chamando artistas que já são mais experientes e artistas que são apostas (novidades), sempre trazendo essa junção do original e do contemporâneo. Vai ser um circuito bem lindo onde a gente vai estar primordialmente valorizando a nossa cultura, a nossa região e os nossos artistas. E é o Carnaval Sustentável da Amazônia”, acrescenta Raidol, artista envolvido também na produção do evento.

O tema sustentabilidade, inclusive, está bastante presente no discurso e nas ações do coletivo que realiza o Mangueirosa. Desde a primeira edição, eles contam que sempre pensaram em como minimizar os impactos que um evento de grande porte causa na cidade. Por isso, contam com parceiros importantes, como a Associação dos Recicladores das Águas Lindas (ARAL), que recolhe as latas de alumínio e encaminha para a reciclagem.

Além disso, o grupo Composta Belém recolherá o lixo durante a programação, para garantir o controle dos resíduos e também instalará diversas bituqueiras de cigarro pelo Ver-o-Rio. Além disso, serão dispostos banheiros químicos e lixeiras, tanto no Complexo quanto no caminho do cortejo. “Um evento cultural pode e deve ser sustentável em todas as suas nuances: ambiental, social, cultural e econômica”, comenta Mariana Farnesi, diretora do Circuito.

“Em 2024, o carnaval sustentável da Amazônia não apenas reitera seu compromisso em ser evento lixo zero, como também vem trazendo um centro de triagem, onde o público pode acompanhar o trabalho maravilhoso que a cooperativa de catadoras, parceria do Circuito desde o Ano I, realiza na triagem e correta destinação de resíduos que vão para reciclagem. Essa ação tem um papel social importantíssimo ao dar visibilidade e chamar atenção para o tema da reciclagem e ao trabalho dessas mulheres catadoras que, além de receberem pelo serviço, também ficam com os resíduos e os transformam em renda”, completa Mariana.

*Com assessoria e colaboração de Wal Sarges.