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Escolas de samba de Belém lançam 'Carnaval Sustentável'

Escolas de samba de Belém lançam ‘Carnaval Sustentável’ Escolas de samba de Belém lançam ‘Carnaval Sustentável’ Escolas de samba de Belém lançam ‘Carnaval Sustentável’ Escolas de samba de Belém lançam ‘Carnaval Sustentável’
Agremiações querem reaproveitar materiais e tornar a folia em Belém 100% sustentável. A escola de samba Bole Bole é uma das que vão participar da programação de lançamento do projeto.
Agremiações querem reaproveitar materiais e tornar a folia em Belém 100% sustentável. A escola de samba Bole Bole é uma das que vão participar da programação de lançamento do projeto.

Aline Rodrigues

Com o objetivo de implementar ações e políticas de preservação ao meio ambiente, além de ser uma grande celebração aos 408 anos de Belém, as Escolas de Samba Associadas – ESA, em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado do Pará (Secult), lançam hoje, 13, a partir das 16h, o projeto “Carnaval Sustentável”, na Fundação Cultural do Pará (FCP).

“A gente, enquanto Amazônia, deveria dar um exemplo para o Brasil e o mundo, com todos esses debates que surgiram, em especial no governo passado, com todos os números desfavoráveis para a Amazônia em relação ao desmatamento, à falta de respeito ao meio ambiente. Nós nunca seremos e nem temos essa pretensão de ter o glamour, a grandeza e a visibilidade do Carnaval do Rio de Janeiro, mas por que não ser um exemplo de respeito para o próprio Carnaval do Rio e para o mundo? Então, surgiu a ideia do Carnaval Sustentável, uma ideia coletiva”, falou Fernando Guga, presidente da ESA.

Um dos pilares do projeto é que todo o lixo produzido no Carnaval deve ser recolhido e reutilizado no próprio Carnaval e em outras manifestações culturais.

“A gente recolhe, transforma e reutiliza. Este é o primeiro pilar e o outro, que acho bem mais interessante e amplo, é que ao longo do ano a gente tenha uma cadeia produtiva, desde o lixão, que recolha os materiais que podem ser reutilizados e que a gente pode usar nas Usinas da Paz, por exemplo, nos próprios barracões das escolas, e aí empregar pessoas, gerar emprego e renda durante o ano todo, para que no Carnaval a gente tenha o material reutilizado com o mínimo de impacto ambiental e que abasteça as escolas. E, quem sabe, a gente consiga fazer com que a produção seja grande o suficiente, inclusive para vender para outras regiões”, acrescentou Fernando Guga.

A ideia é que, já no Carnaval deste ano, o primeiro pilar seja colocado em prática e, ao longo do ano, sejam estabelecidas parcerias para que, em 2025, o ano da COP-30 em Belém, o Carnaval seja completamente sustentável.

ABRE-ALAS

O lançamento do projeto terá uma programação carnavalesca para todos os públicos – jovens, adultos, amantes e simpatizantes do Carnaval -, além do grupo Pagoville, às 16h, e Samb’Esa, com Luizinho Moura e Fábio Moreno, a partir das 21h30. As onze agremiações do Grupo Especial do Carnaval de Belém também farão um show completo, a partir das 18h30, com quesitos, baianas e uma superestrutura para festejar o aniversário de Belém.

“A expectativa é a melhor possível, a própria festa de lançamento tem o envolvimento das escolas de samba, carnavalescos, dos protagonistas da festa que são os artistas, cantores, a bateria, estão muito envolvidos com a ideia, estão entendendo aos poucos do que se trata e realmente adotando a ideia como necessária. Então, a gente está super otimista, a festa vai ser grande, muitas autoridades do meio ambiente estarão lá, estamos muito otimistas”, declarou Fernando Guga.