NA CAPITAL DA COP

Em tempos de emergência ambiental, quadrinhos fortalecem identidade amazônica

A capital que vai sediar a COP30 em 2025 e sediar a discussão sobre soluções para a crise climática extrapolou a esfera política e econômica – e foi parar nas páginas dos quadrinhos.

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A capital que vai sediar a COP30 em 2025 e sediar a discussão sobre soluções para a crise climática extrapolou a esfera política e econômica – e foi parar nas páginas dos quadrinhos.
A capital que vai sediar a COP30 em 2025 e sediar a discussão sobre soluções para a crise climática extrapolou a esfera política e econômica – e foi parar nas páginas dos quadrinhos.

A capital que vai sediar a COP30 em 2025 e sediar a discussão sobre soluções para a crise climática extrapolou a esfera política e econômica – e foi parar nas páginas dos quadrinhos.

No último sábado (21) Núcleo de Conexões Ná Figueredo sediou um debate inédito: “Quadrinhos e Ilustração Amazônicas em Tempos de Emergência Climática”. O evento, gratuito, reuniu nomes da cena local como Emmanuel Thomaz, Isabele Cristina e Leonardo Dressant, do coletivo Mapuá Estúdio. A mediação foi do editor do portal HQPOP, Emerson Coe.

Na pauta, o que há de mais urgente: como a nona arte pode refletir, denunciar e ajudar a combater as ameaças socioambientais que pairam sobre a Amazônia? E como fazer com que essas narrativas ganhem visibilidade no mercado nacional?

O encontro foi também um manifesto pelo fortalecimento da identidade cultural amazônica. O Mapuá Estúdio é um exemplo disso e vem ganhado notoriedade por criar HQs “enraizadas na realidade amazônica”, misturando estética pop com os dilemas e o cotidiano da região. Folclore, cenários urbanos, fauna e problemas sociais aparecem como personagens centrais.

O debate mostrou que os quadrinhos amazônicos vão além da denúncia: são um meio de ativismo cultural e preservação de memória. O quadrinista Emmanuel Thomaz levou esse conceito ao pé da letra ao adaptar, num de seus zines, um encontro improvável: Nossa Senhora de Nazaré e a lenda amazônica Matinta Perera. “A Matinta tem respeito pela Nossa Senhora e admiração por ela”, conta Thomaz. A cena, ao mesmo tempo inusitada e manifesta reverência, mostra o quanto folclore e religiosidade podem dialogar com questões atuais”, destacou.