A artista Elisa Arruda abre neste sábado, 5, a exposição “A Inversão do Cotidiano”, na galeria Ruy Meira, da Casa das Artes. Contemplada pelo Prêmio Branco de Melo 2022, a mostra reúne gravuras feitas em metal com tiragens únicas em papel e que ganham formato tridimensional de mobílias em algumas peças, feitas para montar.
Com curadoria de Vânia Leal, a mostra na Casa das Artes é uma adaptação do material que Elisa expôs recentemente no Centro Cultural São Paulo, na capital paulista, sob o título “Gravuras montáveis, espaços desmontáveis”, parte do trabalho atual de investigação da artista.
CASA, O ESPAÇO INTERIOR
O tema da exposição, “A Inversão do Cotidiano”, tem inspiração em mostras anteriores, onde Elisa retrata corpos femininos. Agora, ela traz o conceito do lar onde esses corpos convivem, o íntimo da casa. “Eu vou expandir isso para toda a cultura material que está dentro da casa, da noção de abrigo, das mobílias, especialmente as cadeiras, que é algo que eu vou desenvolver bastante nesse momento”, explica Elisa.
Mestre em Arquitetura pela FAUUSP e atualmente vivendo e trabalhando entre Belém e São Paulo, Elisa Arrusa tem o cerne de seu interesse poético na condição da mulher, sobretudo os relevos e camadas de tempo que a vida acrescenta ao corpo e espaço feminino.
Temas ligados à memória, afeto, corpo, casa e vida cotidiana estão subscritos ao seu trabalho, que se faz em gravura, pintura e múltiplas linguagens.
Nesta exposição, as gravuras montáveis são trabalhos com dois tempos de imagem – a imagem plana e a imagem montada em volume de papel. Ambas partem de uma mesma matriz. Nesses trabalhos Elisa coloca em diálogo a reprodutibilidade da gravura e a volumetria dos objetos escultóricos.
Visite
Exposição “A Inversão do Cotidiano” – Obras de Elisa Arruda
Abertura: Sábado, 5, às 10h.
Visitação: 07 de novembro a 23 de dezembro, das 9h às 17h.
Onde Galeria Ruy Meira – Casa das Artes (R. Dom Alberto Gaudêncio Ramos, 236, ao lado da Basílica – Nazaré)
Quanto: Entrada franca