Está em curso o processo de requalificação do edifício do Fórum Landi, espaço de extensão, ensino e pesquisa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Pará (UFPA), dedicado ao debate sobre o patrimônio histórico de Belém, seu Centro Histórico e a contribuição do arquiteto italiano Antônio José Landi através de suas obras na Amazônia.
O projeto é parte do processo de revitalização do Centro Histórico de Belém e contribui também com a criação de um roteiro integrado de equipamentos culturais já existentes e novos, em processo de implantação. A primeira etapa dos trabalhos prevê a restauração interna da parte frontal do edifício, incluindo espaços expositivos, salas de reunião e auditório.
A previsão é de que essas instalações estejam aptas para receber exposições promovidas pela Universidade Federal do Pará, pela Transpetro e também encontros durante a realização da COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, que será realizada na cidade em novembro de 2025.
O projeto cultural de requalificação do Fórum Landi é coordenado pelo Instituto Pedra, viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), com patrocínio máster do Instituto Cultural Vale e patrocínio da Transpetro.
“As iniciativas do Instituto Cultural Vale, de fomento e valorização da cultura amazônica, se somam a um conjunto de outras ações de promoção do desenvolvimento social e ambiental que a Vale realiza na região há mais de 40 anos. Nesse sentido é que nos unimos a outros parceiros na revitalização do Fórum Landi e de outros bens culturais em Belém, com o propósito comum de preservar nosso patrimônio histórico e cultural, ampliar acesso e recriar memórias”, destaca o diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, Hugo Barreto.
O Fórum Landi
O Fórum Landi dedica-se à preservação do Centro Histórico de Belém e das obras do arquiteto Antônio José Landi (1713-1791), natural de Bolonha, na Itália, que chegou a Belém em 1753 a convite da Coroa Portuguesa integrando a Primeira Comissão Demarcadora de Limites entre Portugal e Espanha, conforme o Tratado de Madri de 1750. Com uma notável capacidade artística, Landi acabou se destacando e deixou uma marca distinta na arquitetura amazônica apoiada no chamado barroco tardio, ou barroco neoclássico – divergente do estilo barroco clássico predominante no Brasil.
O projeto de extensão Fórum Landi ocupa edifício com arquitetura de inspiração neoclássica do século 18, localizado na Rua Siqueira Mendes, nº 60, em frente à Praça do Carmo. A edificação integra o Centro Histórico de Belém, com tombamento nos âmbitos municipal e federal.
A requalificação do espaço inclui obras de modernização e adaptação para a realização de um programa de educação patrimonial, que incluirá visitas monitoradas, ciclo de palestras e exposição da maquete do Centro Histórico da cidade com novos recursos multimídia. Em uma segunda etapa, será construído um píer com estrutura de madeira que conectará o edifício ao Rio Guamá.