OS CARAS VÊM AÍ

Do Circo Voador a Belém: Paralamas celebra 40 anos com show na capital

Banda se apresenta nesta sexta (3), seguida por Humberto Gessinger no sábado (4), em dois shows nostálgicos e vibrantes na Assembleia Paraense.

Banda se apresenta nesta sexta (3), seguida por Humberto Gessinger no sábado (4), em dois shows nostálgicos e vibrantes na Assembleia Paraense.
Banda se apresenta nesta sexta (3), seguida por Humberto Gessinger no sábado (4), em dois shows nostálgicos e vibrantes na Assembleia Paraense.

Quarenta anos depois de surgirem no cenário do rock brasileiro dos anos 1980, os Paralamas do Sucesso seguem firmes, com a mesma energia e espírito criativo que os consagraram como um dos maiores nomes da música nacional. Celebrando essa trajetória, a banda está na estrada com a turnê “Paralamas 40 anos”, e desembarca em Belém nesta sexta-feira, 03, na Assembleia Paraense, com um show que promete ser um verdadeiro encontro de gerações. No sábado, 04, será a vez do Acústico Eng Hawaii 20 Anos agitar o público no mesmo local.

Ao lado de Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria), o vocalista e guitarrista Herbert Vianna comanda um espetáculo que percorre os principais momentos da carreira do trio, trazendo na bagagem os hits oitentistas como “Meu Erro”, “Óculos” e “Alagados”, faixas que marcaram gerações de fãs. Mesmo com essa marca tão simbólica que é celebrar 40 anos de carreira, João Barone diz que é uma surpresa permanecer tanto tempo juntos na banda. “Nunca imaginamos chegar a 40 anos de carreira. Nosso único intuito, quando começamos, era tocar no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Estamos surpresos e felizes por chegarmos até aqui, fazendo o que gostamos, música”.

Ao montar a turnê comemorativa, o trio pensou cuidadosamente num repertório que reflete não apenas os sucessos comerciais, mas também músicas que marcaram a trajetória da banda e o coração dos fãs. “Montamos uma lista que apresentasse todas as nossas fases neste longo caminho. E, como diz o nome, calcada nos Clássicos. A linha que rege este show é baseada no tempo e, principalmente, nos climas musicais das canções. Músicas que funcionam juntas umas das outras, dando um ritmo orgânico ao show”, diz Barone.

Muito mais do que um marco de longevidade, os 40 anos dos Paralamas são também símbolo de resistência, reinvenção e amizade. A superação pessoal de Herbert após o acidente em 2001, que o deixou paraplégico, é parte essencial dessa história e contribuiu para dar ainda mais força e profundidade ao grupo. João Barone conta que o essencial continua. 

“O tempo muda tudo, como nos mudou também. Foram muitos desafios, vitórias e momentos difíceis. Mas a essência que nos uniu há 40 anos é a mesma que nos une até hoje: o amor à música e a nossa amizade. Momentos difíceis permearam a nossa história – que inclui o acidente com o Herbert. Apesar de todas as cicatrizes, conseguimos seguir e bem. Após o acidente a música nos manteve unidos e foi um remédio miraculoso para ele. Depois nos adaptamos às novas condições e seguimos com algumas adaptações e limitações. Nada dramático”, afirma João Barone.

Para a banda, voltar a Belém é mais do que cumprir uma data da agenda: é reencontrar um público que sempre acolheu com entusiasmo. “Desde muito cedo na carreira, 1984,  temos ido à Belem e à região Norte. A Amazônia é fascinante. Já tocamos em todos os tipos de locais em Belém. Foram muitos. Lembro dos shows nos anos 80 num ginásio quadrado, que infelizmente não lembro o nome. Tocamos em festivais, ao ar livre, em clubes, em áreas de shows. E ainda tem o Parque/Museu Goeldi que é maravilhoso. Venham ao show e se divirtam. Música e cultura não fazem mal a ninguém”, convida Barone.

Com uma voz inconfundível e letras que permearam a vida das pessoas, os Paralamas do Sucesso são símbolos da música brasileira. “Difícil se auto- referir. Mas acho que deixamos como legado uma história de junção da música negra internacional com a música brasileira. A música atual tem várias vertentes. E sempre tem algum artista mais novo nos citando como referência”.

Por enquanto, o foco é brindar com o público essas quatro décadas de história. Muitos projetos estão em andamento, segundo Barone. “Estamos pensando em novas ideias e trabalhos. Sem pressa, organicamente”. 

Humberto Gessinger também celebra 40 anos de carreira

Humberto Gessinger

No sábado, 4, o palco da Assembleia Paraense será tomado pelas comemorações também dos 40 anos de carreira do cantor, compositor e multi-instrumentista Humberto Gessinger, que aporta na capital paraense com a turnê comemorativa, trazendo no repertório sucessos atemporais, surpresas e músicas do mais recente álbum, “Revendo o que Nunca foi visto”.

Líder e fundador dos Engenheiros do Hawaii, Gessinger se consolidou como uma das vozes mais inteligentes e poéticas do rock brasileiro. Aos 61 anos, ele continua em plena atividade, com vigor criativo e presença de palco admirável. A turnê de 40 anos é, segundo ele, “menos uma retrospectiva e mais uma celebração viva do agora”. O álbum “Revendo o que Nunca foi visto” traz duas inéditas gravadas em estúdio, “Paraibah”, parceria com Chico César, e “Sem Piada Nem Textão” e dez canções ao vivo gravadas em janeiro deste ano durante a passagem da turnê “Acústicos Engenheiros do Hawaii” por São Paulo. O nome “Revendo o que Nunca Foi Visto” faz uma alusão à letra de “O Papa é Pop”, que está no bloco das canções gravadas ao vivo. Estão ainda nos repertório os sucessos “Era Um Garoto Que Como Eu Amava Os Beatles e Os Rolling Stones”, “Piano Bar” e “Toda Forma de Poder”. 

NÃO PERCA

OS PARALAMAS 40 ANOS – OS CLÁSSICOS

  • Quando: 03/10 (sexta-feira), às 20h;
  • Onde: Assembleia Paraense – Av. Alm. Barroso, 4614 – Souza, Belém – PA.
  • Quanto: R$ 130 (meia/solidária) -Front – Os Paralamas do Sucesso; R$ 250 Camarote – (meia/solidária); R$ 160 Front – Acústicos Humberto Gessinger – (meia/solidária).
  • Garanta seu ingresso. Em 3x nos cartões.
  • Vendas online: Bilheteria Digital