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Djavan volta a Belém com a turnê 'Dia D'

Há quase um ano, Djavan voltou a um lugar que lhe é caro: o palco. É o tempo em que ele vem circulando com a turnê “D”, focada em seu 25º álbum de estúdio.
Há quase um ano, Djavan voltou a um lugar que lhe é caro: o palco. É o tempo em que ele vem circulando com a turnê “D”, focada em seu 25º álbum de estúdio.

Da Redação

Há quase um ano, Djavan voltou a um lugar que lhe é caro: o palco. É o tempo em que ele vem circulando com a turnê “D”, focada em seu 25º álbum de estúdio, batizado com o mesmo nome, e que neste sábado, 2, chega a Belém, no Hangar, com abertura da cantora paraense Juliana Sinimbú. A capital paraense foi uma das dez cidades brasileiras que ele escolheu para retornar com o show, depois de ter passado por 20 cidades, entre o Brasil, Europa e Estados Unidos.

Lançado pós-pandemia de Covid-19 e num momento de busca por harmonia em meio às turbulências políticas no país, “D” traz uma safra nova de canções do cantor e compositor em que paira esse desejo de suavidade e alegria, como “Num Mundo de Paz” e “Iluminado”, presentes no set list do show. Em termos de sonoridades, o trabalho, produzido e arranjado pelo próprio Djavan, traz melodias sinuosas, harmonias ricas e surpreendentes, que passeiam por diversos gêneros e ritmos, sem perder o acento pop.

Ao todo, são cerca de 20 canções que compõem o show, em que desfilam, além das novas músicas, sucessos de todas as fases da discografia do artista – clássicos que se revezam na escolha do repertório, mas onde há lugares cativos para composições como “Sina” e “Flor de Lis”, segundo Djavan, “porque são canções que o povo ama”.

Para ele, o maior desafio na concepção de um novo espetáculo, é exatamente “desenhar um roteiro equilibrado e diverso”.

“O mais difícil é construir um show que conecte o público do começo ao fim com a mesma energia e fluidez”, comentou Djavan, no começo da turnê.

A solução encontrada por ele foi buscar, entre os velhos sucessos, músicas que dialogassem diretamente com o “clima solar e festivo de ‘D’”, o que trouxe à apresentação uma grande diversidade sonora.

Ao lado do cantor, estarão no palco músicos que o acompanharam em diferentes fases da trajetória, todos eles presentes também nos créditos de “D”, no qual experimentou diferentes formações em cada faixa. São eles, Marcelo Mariano (baixo e vocal), Felipe Alves (bateria), João Castilho (guitarra, violão e vocal), Paulo Calasans (piano, teclado e vocal), Renato Fonseca (teclado e vocal), Jessé Sadoc (trompete, flugelhorn e vocal) e Marcelo Martins (saxofone, flauta e vocal), alguns com que já vem trabalhando desde 2016, na turnê “Vidas pra Contar”.

“A sonoridade depende mesmo é do repertório escolhido e da cara que vamos querer dar para cada música. Mesmo sendo uma formação parecida com a da penúltima turnê, sempre trabalhamos para fazer com que o espetáculo soe bem original e distinto dos outros”, explicou Djavan naquele momento.

Toda essa musicalidade, a experiência e o talento de Djavan são entregues ao público embalados pela cenografia criada por Gringo Cardia, que conta com projeções no telão de LED, em que são exibidas obras de nove artistas, a maioria negros e indígenas, e oriundos da periferia: Aislan Pankararu, Daiara Tukano, Heloisa Hariadne, João Farkas, Marcela Cantuária, Mulambo, Pedro Neves, Nação Kuikuros, Takumã e Yermollay Caripoune. Completam o clima a iluminação de Césio Lima e Mari Pitta, e o desenho de luz de Serginho Almeida, além da direção de figurino de Marina Franco e o trabalho do estilista convidado Lucas Leão.

Tudo teve foco nas escolhas de Djavan. “Me envolvo em todo o processo de uma maneira incrivelmente profunda”, disse o artista, que assina a direção e os arranjos do novo espetáculo.