Hoje, 30 de janeiro, se celebra o Dia do Quadrinho Nacional. Em comemoração à data, a Fundação Cultural do Pará (FCP), por meio da Biblioteca Pública Arthur Vianna, realiza programação com contação de história, oficina de tirinhas, exposição e encontro de quadrinistas, tudo com entrada gratuita.
“A programação é aberta, vai acontecer no terceiro andar e é composta pela exposição ‘Panorama dos Quadrinhos Paraenses’. É uma exposição que já vem sendo construída há algum tempo e ela tem sempre uma continuidade que é bem interessante. Temos também contação de histórias, tendo como ponto de partida as histórias em quadrinhos de autores paraenses. E ainda vamos ter uma oficina de desenho e quadrinho na Gibiteca. Tudo isso são atividades para envolver o público”, falou Jorge Ramos, do Núcleo Cultural da Biblioteca Arthur Vianna.
A exposição estará aberta à visitação a partir de hoje, 30, até o dia 28 de fevereiro, sempre de 9h às 17h. Já a “História contada em quadrinhos”, contação de histórias para crianças com quadrinhos paraenses, acontece de 10h às 11h, e a Oficina de Tirinhas, desenho em quadrinhos, mediada por Valéria Aranha, acontece na Gibiteca, das 14h às 16h.
“No caso da contação de histórias, é uma atividade voltada para crianças a partir de 7 anos. E a oficina é voltada para jovens e adolescentes a partir de 12 anos. A entrada é gratuita. Não precisa de inscrição é só chegar e participar, e no final do dia temos um bate-papo com os quadrinistas”, disse Ramos.
MARCO
As histórias em quadrinhos estão presentes há muito tempo na vida do brasileiro. Mais precisamente desde 30 de janeiro de 1869, quando o cartunista Angelo Agostini publicou o primeiro quadrinho que se tem registro no Brasil: “As aventuras de Nhô-Quim”. Não é a toa que a data é celebrada.
“A importância dessa programação é marcar essa data tão importante na produção do quadrinho nacional. E marcamos essa data dentro da tradição de projetos realizados pela Fundação desde 2002, mas bem antes disso, ainda enquanto Fundação Curro Velho, existiam outros tipos de ações. Então, é uma data importante para marcar a história e memória do quadrinho nacional e principalmente do quadrinho paraense, e do fomento que a Fundação vem realizando ao longo dos anos”, destacou Ramos.
Das 17h às 19h, acontece o “Encontro de Quadrinistas”, bate-papo sobre eventos de quadrinhos na Amazônia e apresentação do Circuito Amazônico de Quadrinhos, com mediação da quadrinista Tai e do ilustrador e animador Andrei Miralha, no auditório Aloysio Chaves.
“O Circuito Amazônico de Quadrinhos é uma articulação em rede de produtores, realizadores e quadrinistas do Norte do país. O objeto é criar um calendário comum para realização em circuito dos eventos de quadrinho dessa região. Este ano, a FCP fará parte do Circuito Amazônico de Quadrinhos com a programação da 11ª Semana do Quadrinho, um evento de médio porte realizado pela FCP com oficinas, masterclasses, encontros, palestras, exposição, beco dos artistas, feira de quadrinhos e mais”, finalizou Ramos. Em Belém, a Semana do Quadrinho está agendada para os dias 24, 25 e 26 de abril.
Para a quadrinista Tai, o Dia do Quadrinho Nacional é uma data importante por celebrar a produção brasileira em quadrinhos e para valorizar os artistas que, apesar de inúmeras dificuldades, produzem suas narrativas, além de incentivar que novos artistas entrem na cena.
“Nós temos uma produção de quadrinhos muito forte, mas o mercado nacional ainda consome muito mais produções estrangeiras do que locais. Então, eventos que celebrem o Dia do Quadrinho Nacional podem trabalhar a aproximação entre criadores e público”, disse ela.
Segundo a quadrinista, dentro do Brasil, as produções de quadrinhos de autores do Norte e Nordeste ainda são muito invisibilizadas. Logo, ela vê como de extrema importância ações de valorização como essas, e destaque para os profissionais locais, dentro dessas regiões.
“Por conta disso, também lançaremos nesse evento o Circuito Amazônico de Quadrinhos, que ocorrerá em abril e vai unir eventos de quadrinhos que ocorrem em cinco estados do Norte brasileiro”, antecipa Tai. Além de Belém, farão parte do circuito as cidades de Manaus (AM), Boa Vista (RR), Macapá (AP) e Palmas (TO).