A bióloga Bárbara Cecília, 29, atua como coordenadora da Associação Indígena há um ano. Ela aproveitou a oportunidade da feira para fazer pintura corporal. “A cultura indígena precisa permanecer de pé, não só os adereços, como colares e brincos, o grafismo ou o canto das mulheres indígenas. A gente tem que ter um olhar voltado para a língua indígena também, que aos poucos, está se perdendo. O artesanato, além da valorização cultural, ele se torna um meio de custo-benefício para os indígenas. A arte é um meio de economia indígena, pois com a venda do artesanato, eles conseguem expandir a arte deles e é uma ajuda econômica. Ao meu ver, a arte indígena tem de permanecer, tanto para a economia indígena como para o fortalecimento da cultura. Ela não pode ser perdida”.
Ela completa: “Os indígenas têm os próprios pensamentos, as ideologias e pensamentos deles. Então, para que eles sejam protagonistas de sua própria história, ainda há muitos obstáculos que precisam ser ultrapassados. Falta ainda mais planos de ação dos não indígenas para auxiliarem os povos originários nesse ponto da economia. Aqui, na Feira, a gente observa, por exemplo, que tem só indígenas vendendo seus artesanatos sem a presença de nenhum branco. Então é muito importante ver que eles conseguem ser protagonistas. É algo que precisa ser melhor trabalhado dentro das comunidades indígenas, escutando e apoiando eles”, analisa a bióloga.
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Semana dos Povos Indígenas: “Aldeando a COP 30”
Quando: Até quarta, 16 de abril, a partir das 9h.
Onde: Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia- Av. Dr. Freitas, s/n – Marco, Belém – PA.
Quanto: entrada franca.