Felipe Cordeiro é uma referência musical para Cronixta. Os dois paraenses, nascidos e criados em Belém, no entanto, só tiveram seu encontro musical em São Paulo, onde ambos estão radicados atualmente. “Mesmo a cidade sendo muito grande, existe aquela velha máxima – ‘o poder da atração’ e naturalmente a nossa arte se encontrou”, diz Cronixta. E quando aquela música que vinha preparando para seu novo disco ganhou o nome de “Rádio do Caribe”, ele conta que logo pensou nas guitarras de Felipe para ajudar a trazer o suingue marcante da cidade das mangueiras.
“Rádio do Caribe”, uma viagem calorosa entre sons, dança e diferentes influências culturais, chega hoje às plataformas digitais, e ainda antecede o lançamento do segundo álbum de Cronixta, o “Wi Fi da Floresta”, que será lançado também este mês. “O disco fala sobre conexões e o quanto é necessário olhar a nossa essência para compreender o que realmente é essencial, seja através do ritmo ou da palavra”, define o cantor, que se considera um roteador de uma sonoridade rica, influenciada por uma frequência vinda da América Central que transformou a cultura de sua região.
Daí vem a inspiração para o nome do álbum e seu primeiro single. “[Rádio do Caribe] foi escolhida para abrir o disco por conta de toda a história que faz eu acreditar que através das rádios, obtivemos as frequências mais importantes das periferias caribenhas para transformar a música da minha região, especificamente o Pará. Eu me considero um repetidor deste sinal e convidei o Felipe Cordeiro acreditando que ele é um dos principais expoentes da nossa música feita na Amazônia para fazer esse sinal ainda mais potente”, diz Cronixta.
Reforçando sua forte ligação com suas raízes e a cultura das florestas, Cronixta ainda uniu o lançamento de seu single ao 5 de setembro. “Lançar música no Dia da Amazônia é praticamente fazer a trilha sonora do nosso lugar e isso deixa o processo todo ainda mais especial. Comecei o disco há dez meses e essa coincidência é fruto dessa conexão. A música traz um lado parental com Reginaldo Rossi, o swing da guitarra da nossa cidade, um pouco do flow de rap, minha escola principal e no final, tudo é sobre sincronicidade”.