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Com paraense na disputa, Prêmio Jabuti anuncia finalistas de 2023

O artista plástico, escritor, poeta e compositor bragantino Bené Fonteles, está entre os finalistas na categoria Artes, com o livro “Rubem Valentim"
O artista plástico, escritor, poeta e compositor bragantino Bené Fonteles, está entre os finalistas na categoria Artes, com o livro “Rubem Valentim"

Walter Porto

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O prêmio Jabuti 2023 anunciou nesta quinta, 9, os dez semifinalistas de todas as suas 21 categorias – incluindo a nova de escritor estreante, em que predomina uma notável diversidade editorial, com dez editoras diferentes indicadas, nenhuma delas de grande porte.

Os estreantes indicados são Alexandre Alliatti, Bruno Laet, Cristianne Lameirinha, Júlia Portes, Leonardo Piana, Livia Milanez, Nayara Noronha, Paulo Fehlauer, Rafael F. Atuati e Valentim Biazotti.

A Câmara Brasileira do Livro, que organiza a premiação, justificou a criação da categoria como um movimento para projetar autores e autoras e estimular mais pessoas a se dedicar ao primeiro livro. Só romances podiam concorrer e os postulantes não poderiam se candidatar a outras categorias.

Já nas outras categorias, como na de romance literário, há muitos veteranos concorrendo: Cristovão Tezza, João Almino e Patrícia Melo disputam com autores como Ruy Castro e Sérgio Rodrigues, e nomes que vêm crescendo em prestígio como Geovani Martins, Ieda Magri e Carlos Eduardo Pereira.

Vencedor de outros Jabutis, o médico Drauzio Varella, concorre com seu livro de memórias “O Exercício da Incerteza” na categoria de biografia e reportagem. Também aparecem nessa frente os jornalistas Fabio Victor, com o livro “Poder Camuflado”, sobre a atuação dos militares ao longo dos governos democráticos, e Chico Felitti, autor do podcast “A Mulher da Casa Abandonada”, pelo livro-reportagem “As Rainhas da Noite”, sobre travestis poderosas de São Paulo.

Fecham a categoria outros nomes fortes como João Moreira Salles, por “Arrabalde”, Laurentino Gomes pelo último volume de “Escravidão”, Lira Neto por um volume sobre a história das vacinas, Márcio Pinheiro por “Rato de Redação”, sobre o jornal “O Pasquim”, e os jornalistas Leonencio Nossa, Juliana Dal Piva e Consuelo Dieguez.

O psicanalista Contardo Calligaris, morto em 2021, aparece entre os concorrentes de ciências humanas com “O Grupo e o Mal”, publicado postumamente pela Fósforo.

João Gilberto Noll aparece, também postumamente, entre os indicados na categoria conto por “Educação Natural”, disputando contra autoras como Marilene Felinto e Calila das Mercês, em uma seleção também dominada por editoras menores.

O mesmo acontece na categoria de crônica, que tem o colunista Antonio Prata e a cantora Zélia Duncan entre os semifinalistas.

Em poesia, nomes consagrados como Régis Bonvicino, Paulo Henriques Britto, Fabrício Corsaletti e Luiz Antonio Simas concorrem com autoras em ascensão como Aline Motta, Claudia Roquette-Pinto, Floresta e Cida Pedrosa, vencedora do prêmio principal do Jabuti há três anos.

Os vencedores serão conhecidos numa cerimônia no Theatro Municipal de São Paulo na noite de 5 de dezembro. Este ano o valor do prêmio principal de livro do ano caiu de R$ 100 mil para R$ 70 mil, mas a CBL vai levar quem vencer para uma viagem à Feira de Frankfurt, onde são feitos grandes contratos de venda para o exterior. Os premiados em cada categoria levam R$ 5 mil.

Paraense

O artista plástico, escritor, poeta e compositor bragantino Bené Fonteles, está entre os finalistas na categoria Artes, com o livro “Rubem Valentim (1922-1991) – Sagrada Geometria” (Edições Pinakotheke). Em 292 páginas, Bené Fonteles, amigo mais próximo e que acompanhou por duas décadas o artista baiano Rubem Valentim, faz uma celebração do centenário de nascimento do artista, com depoimentos sobre Valentim e sua obra escritos por personalidades da arte como Ferreira Gullar, Giulio Carlo Argan, e Emanoel Araújo.