Entretenimento

Clipe de Rafael Lima é lançado com campanha pela saúde do artista

Rafael Lima está à espera de uma cirurgia para remoção de um tumor no cérebro FOTO: SÉRGIO MALCHER/DIVULGAÇÃO

“Há nesse escuro uma tocha/ Vagalume talvez/ Gotas de sol nas vidraças/ sejam promessas de luz/ no período em que vivemos/ de catástrofe social/ o vinho tinto das trevas/ corre nas veias dos dias/ enlouquecendo a paisagem/ na cerração não se via/ não se viu…”. Os versos são de um trecho da canção “Gotas de Sol”, de autoria de Rafael Lima e Joãozinho Gomes, que terá videoclipe lançado nesta quarta-feira, 14 de setembro, no Youtube.

Veja o clipe de “Gotas de sol”

A canção faz parte do álbum “Sinal Aberto”, ainda a ser lançado. É a segunda canção que chega ao público; a primeira foi “O Bruto”, lançada em 2021, também pelo Youtube.

Assista ao clipe de “O Bruto”

O lançamento também, chega junto com a campanha para ajudar o artista, que foi diagnosticado com um tumor maligno no cérebro, que tem prejudicado suas habilidades cognitivas, motoras e comunicativas, e precisa ser retirado com o máximo de urgência.

CAMPANHA VIRTUAL

Antes de ficar doente, Rafael Lima trabalhava em novas produções, mas não conseguiu concluir o processo todo, e os novos produtos não puderam ser lançados. Diante da situação, as pessoas envolvidas nos trabalhos tomaram uma decisão: fazer o lançamento desses produtos, atrelando-os à campanha de arrecadação para o tratamento do artista, que se encontra hospitalizado em estado grave de saúde, aguardando cirurgia.

Quem puder e quiser ajudar o tratamento do artista pode doar qualquer quantia através da chave Pix: [email protected]. Os dados são da filha de Rafael, a cantora Ju Abe (Juçara Abe Lima, Banco Bradesco Agência: 2398- 1/ Conta Corrente: 0032901-0).

Ju Abe canta “Via para o Despertar”  

JOIA DA MÚSICA POPULAR

Rafael Lima tem mais de 40 anos de carreira musical, iniciando no Pará, no final dos anos 1970, com a banda autoral Sol do Meio-Dia, que tocava rock e ritmos regionais. Depois, já em carreira solo, circulou pelo país com o projeto Pixinguinha, no início dos anos 1980. Chegou a se fixar em São Paulo e, depois, no Canadá e na Suíça, onde lançou os primeiros discos, “Arribadas” (1991) e “Apuí” (1996), considerados da “fase rural” do artista, com letras influenciadas pelo vocabulário de Dalcídio Jurandir e ritmos regionais. Seus álbuns seguintes, “500 Years, so What?” (2000) – que no Brasil, ficou conhecido como 500 Danos, numa crítica às comemorações pelos 500 anos de descobrimento do país – e “Nômade” (2015), marcaram uma fase mais “urbana” do artista, marcados por uma linguagem cabocla e com conteúdo crítico. Rafael lançou também, uma coletânea “Bierhübelli – Rafael Lima & Band” (2000).

Já de volta ao Pará, Rafael Lima foi um dos artistas a se apresentar no projeto Terruá Pará, do Governo do estado do Pará, apresentado em São Paulo. Produziu e dirigiu, em Berlém, o Jacofest, Festival Internacional de Jazz. Antes de ficar doente, iniciou a gravação do sexto disco, com canções inéditas, chamado “Sinal Aberto”.