CINEMA NACIONAL

Clássicos de Jorge Furtado voltam aos cinemas nesta quinta (29)

A iniciativa busca resgatar obras fundamentais da cinematografia nacional e aproximá-las de novas gerações.

A iniciativa busca resgatar obras fundamentais da cinematografia nacional e aproximá-las de novas gerações, oferecendo a experiência original de assistir aos filmes no cinema.
A iniciativa busca resgatar obras fundamentais da cinematografia nacional e aproximá-las de novas gerações, oferecendo a experiência original de assistir aos filmes no cinema.

Duas obras marcantes do cinema brasileiro voltam às telonas a partir desta quinta-feira, 29 de maio: o longa “Saneamento Básico, o Filme” e o curta “Ilha das Flores”, ambos dirigidos por Jorge Furtado. As produções retornam em cópias restauradas digitalmente pela Sessão Vitrine Petrobras, com exibição em diversas cidades do país.

A iniciativa busca resgatar obras fundamentais da cinematografia nacional e aproximá-las de novas gerações, oferecendo a experiência original de assistir aos filmes no cinema. Entre as cidades que receberão as exibições estão São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Salvador, Porto Alegre, Recife, Curitiba, Manaus, entre outras.

Um retrato ácido e bem-humorado do Brasil

Lançado em 2007, “Saneamento Básico, o Filme” é uma comédia que satiriza a burocracia e os mecanismos de gestão pública no Brasil. No enredo, moradores de uma vila no interior do Rio Grande do Sul tentam captar uma verba pública para construir uma fossa séptica. Sem sucesso, decidem usar o recurso disponível para produzir um filme, transformando o problema em uma divertida ficção.

O elenco reúne grandes nomes do cinema brasileiro, como Fernanda Torres, Wagner Moura, Camila Pitanga, Lázaro Ramos, Tonico Pereira e Paulo José. A atuação de Fernanda, no papel da professora Marina, é um dos destaques do longa.

Um curta histórico sobre desigualdade

Já o premiado curta “Ilha das Flores”, de 1989, é considerado um dos filmes mais emblemáticos da história do cinema brasileiro. Com linguagem ágil e crítica mordaz, o filme aborda as contradições do sistema de consumo e a desigualdade social de forma provocadora. A obra recebeu o Urso de Prata no Festival de Berlim em 1990 e segue atual até hoje, sendo amplamente exibida em escolas e universidades.

O diretor Jorge Furtado explica que o filme surgiu a partir de uma inquietação pessoal: “Como conseguimos chegar a ser o país mais desigual do planeta? Como é possível que um país rico, com tanta terra e alimento, tenha tantos com tão pouco e poucos com tanto?”, afirma.

Exibições em todo o Brasil

A programação com os dois filmes estará disponível a partir de 29 de maio em mais de 30 cidades, entre elas: Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Niterói, Ribeirão Preto, São Luís, Teresina e Vitória.

As cópias restauradas fazem parte de uma iniciativa da Sessão Vitrine Petrobras, que busca valorizar o cinema nacional, preservar sua memória e fortalecer a experiência coletiva da exibição em salas.