Wal Sarges
Domingo de Carnaval, dia de colocar a fantasia e aproveitar. Em Belém, a animação fica por conta do Circuito Mangueirosa, iniciado ontem no Complexo Ver-o-Rio e que segue hoje, segunda, terça-feira e ainda no próximo sábado, 17, dividido entre o palco na rua, gratuito, e programação para pagantes na Casa Mangueirosa, com a participação de diversos artistas. Entre os destaques, a cantora Lia Sophia, que traz seu bloco Carimbolando ao circuito.
Neste domingo, 11, é a vez do Bloco Toma Tua Pisa assumir a programação, misturando artistas de diferentes gerações da música amazônica. A festa começa às 15h, com Shayra Brotero como anfitriã. Em diferentes momentos, ela sobe ao palco sozinha e também ao lado de Tiffany Boo e Scarlety Queen. O bloco ainda tem Camila Castro, Gigi Furtado e Amanda de Paula junto à Banda da Diversidade, e Jeff Moraes ao lado de Vanessa Ayres (de Parauapebas) e Raidol. No after da Casa Mangueirosa, que ocorre depois das 20h, tem Baby Princess, a roda de samba Fé no Batuque convidando MC Super Shock, EdLuz e Alba Mariah, e, no encerramento, Rafa Militão (AM).
Na segunda-feira, dia 12, é a vez do pop amazônico desfilar com o Bloco Lucha Libre, formado pela união das produtoras Mea Chuta e Se Rasgum. No palco Ver-o-Rio, a programação terá DJ Sanira x DJ Zezé, Lia Sophia, com o Bloco Carimbolando e convidados, e Felipe Cordeiro trazendo feats com Rebeca Lindsay, Leona e Malu Guedelha. A noite indoor será quente, com DJs Jack Sainha e Roberto Figueredo, show do cantor AQNO, com participações de Layse e Luigy, e ainda os DJs Misha, Jon Jon, Fakejapanese e MauVianna.
Na Terça-feira Gorda, dia 13, quem desfila é o tradicional Bloco Filhos de Glande, que tem o samba como carro-chefe. A partir das 15h, tem DJ Seu Edvaldo, os cantores Arthur Espíndola, Juliana Sinimbú e Iara Mê, e a Carnafônica dos Filhos de Glande, homenageando Rita Lee, com Joelma Kláudia, Iara Mê, Zara, Jheni Cohen e Orquestra Aerofônica. No after ainda tem DJ Tristan Soledad, Gang do Eletro e DJ Júnior Alucinado.
Para fechar o circuito, no sábado seguinte, 17 de fevereiro, o Bloco Tchau, Tchau, Amor, que estreou ano passado, promove a ressaca do Carnaval, relembrando um pouco do que rolou nos dias de Carnaval. Diferentemente dos outros dias, quando a programação gratuita ocorre em palco montado no Ver-o-Rio, no dia 17, os shows ocorrem em trio elétrico estacionado no Complexo. Será o único dia com cortejo até a Casa Mangueirosa.
O Carimbolando, criado em 2020 por Lia Sophia, em São Paulo, para divulgar o carimbó por lá, aporta pela primeira vez no Circuito Mangueirosa. No ano passado, a festa do bloco foi realizada na capital paraense, mas de forma mais restrita, dentro de uma cervejaria. A ideia, segundo Lia Sophia, é manter o Carimbolando nas duas cidades, todos os anos.
“O bloco se mantém em São Paulo e Belém para gente ter esse encontro com a nossa cultura, com nosso povo e a valorização da autoestima, do pertencimento, de ter orgulho de ser paraense, ser amazônico e cantar carimbó. Essa é a ideia, além de influenciar crianças. Ele acontece às 16h, na segunda, e eu chamo todo mundo, crianças, idosos, como acontece em São Paulo, onde sai pela manhã. É um bloco superfamília”, adianta a anfitriã, dizendo que em São Paulo o Carimbolando reúne em torno de três mil foliões pelas ruas de Santa Cecília.
Este ano, o bloco conseguirá desfilar com um pé na rua, que é a proposta do Carimbolando, diz Lia Sophia. “É a nossa primeira vez no Circuito Mangueirosa, na rua mesmo. A gente acabou juntando esse amor em comum pelo carnaval que tanto o Circuito Mangueirosa quanto o Bloco Carimbolando têm. Essa é a ideia principal, é a defesa da nossa música e da nossa cultura amazônica. Essa é a genética do carnaval: uma festa popular, onde todo mundo tem acesso à cultura, à arte, à música e à dança”.