Centro de Dança Ana Unger traz de volta espetáculo "Acqua" em nova versão

TEXTO: ALINE RODRIGUES

Concebido na sua primeira versão em 2007, com o objetivo de proporcionar ao elenco e ao público momentos de reflexão sobre os problemas ambientais, como o descarte indevido do lixo tecnológico, que causam a poluição de nossos oceanos e rios, o espetáculo “Acqua”, do Centro de Dança Ana Unger, volta aos palcos neste sábado, 10, com sessão às 20h, e domingo, 11, às 17h e às 20h, no Theatro da Paz.

O espetáculo apresenta Gabriel, um jovem cientista defensor da sustentabilidade e da preservação da natureza, e que em seu planeta, Gaia, enfrenta severos problemas ambientais, com a população sofrendo graves mutações. Seu assistente e melhor amigo Borg, um robô programado para reunir dados, pesquisa sobre possíveis interferências de um planeta evoluído, no qual todos vivem em perfeita harmonia.

Esse planeta é Acqua

A inspiração para o espetáculo se deu através de pesquisa e experimentos da companhia com materiais recicláveis, assim como o contato com o livro “Hado”, do fotógrafo Masaru Emoto, que instigou a criação da personagem Kineret, o espírito das águas, e os Cristalinos H2O, seres sábios desse planeta evoluído, “que podem ensinar muito aos habitantes de Gaia, o planeta em extinção por mau uso dos seus recursos hídricos”, acrescenta a bailarina e coreógrafa Ana Unger.

Cerca de 500 pessoas, entre direção, equipe técnica, bailarinos e alunas, irão participar do espetáculo, nas modalidades de balé clássico, sapateado, jazz e breaking. E desde a sua primeira apresentação, o espetáculo vem sofrendo adaptações. O menino Gabriel (Tiago Assis), que aos seis anos fez parte da primeira montagem, nesta versão fará o papel de Gabriel com 21 anos; e o robô Borg ganhou mais cenas, para enfatizar o momento mais tecnológico e atual que o planeta vive.

“A cena do balé de relatório ‘Oceano e Pérolas’ foi introduzida para que os bailarinos mais virtuosos, como Arthur Furtado, Bruna Pojo e Yasmin Souza mostrassem todo seu potencial artístico. Os figurinos também receberam nova roupagem”, acrescenta Ana Unger. Outra novidade no espetáculo, é que a turma de balé adulto, com integrantes entre 20 e 60 anos, fará a coreografia “Fogo”, sendo o destaque do segundo ato da apresentação.

 

Cenários em 3D e muitos efeitos

Ana Unger garante que o público vai se surpreender com os efeitos dos cenários virtuais em 3D, os elementos cênicos como a chuva da purificação e a grande bolha que envolve a bailarina Rayla Kato, ambientados pelo design de luz assinado por Rubens Vieira. “E também o virtuosismo técnico dos bailarinos e o aprimoramento e performance de crianças de todas as idades, que dividem o palco com bailarinos experientes da companhia”, diz.