Carmem Souza celebra quatro décadas de notícia

Imagens que estarão na exposição “Linha do Tempo - 40 anos de jornalismo”, que terá lugar no Privilège Restô, no próximo dia 2 de abril, às 18h30, em evento para convidados

Aline Rodrigues

“São 40 anos de jornalismo e desejo que o público conheça as várias Carmens que fui ao longo desse tempo. Desde a que começou no setor de revisão do jornal e que precisava ficar até de madrugada na Redação, com um filho em casa me esperando pela manhã, até a Carmem Souza dos grandes bailes, eventos e festas, da que conhece a sociedade e que a relata ao público”, diz a jornalista Carmem Souza, colunista do DIÁRIO, sobre a exposição “Linha do Tempo – 40 anos de jornalismo”, que terá lugar no Privilège Restô, no próximo dia 2 de abril, às 18h30, em evento para convidados, em que faz um passeio sobre a sua trajetória profissional.

A exposição foi pensada para apresentar, com textos e imagens de acervo pessoal, uma linha do tempo com toda história da colunista ao longo de 40 anos de profissão. Os textos são assinados pela jornalista Ingrid Souza, filha de Carmem. “Além disso, haverá muitas colunas marcantes e registro de pessoas renomadas da nossa sociedade”, acrescenta.

Celebrar quatro décadas de profissão marca a introdução da pessoa em uma etapa mais madura, mas também de muito prazer no que se faz, garante Carmem Souza. “É prazeroso porque é um trabalho que amo fazer. Passei por muitas experiências, por altos e baixos. Afinal, tratar com a sociedade requer cuidados e atenção. Me sinto realizada por todos esses anos. Errei muito, mas também acertei muito. Então, é louvável chegar aos 62 anos de idade em plena atividade profissional. Em dois terços da minha vida estive no ofício jornalístico”, celebra Carmem, que ao longo da sua trajetória acompanhou coberturas e eventos importantes na sociedade paraense.

“Tenho gravado na minha mente uma porção de eventos cinematográficos que pareciam nos transportar para um conto de fadas. Realizar coberturas de festas como 15 anos, casamentos, eventos empresariais, me marcou muito. Mas também me lembro um em especial, pois foi o primeiro que fiz na área da política, como assessora de comunicação da Assembleia Legislativa do Pará e também como colunista, que foi a posse do governador Helder Barbalho, bem ali no meio de uma multidão, no dia 1º de janeiro. Foi algo impressionante que vi e que marcou minha carreira como jornalista”, pontua.

Nascida em Belém, em 19 de julho de 1961, Carmem Silvia Paes de Souza cresceu no bairro do Canudos, estudou em escolas públicas da capital e se formou como professora do ensino fundamental. Iniciou sua carreira na área da comunicação aos 22 anos, como revisora do jornal “O Liberal”. No colunismo social, iniciou como assistente do colunista Isaac Soares (1924-2008) e esteve presente na organização e cobertura dos maiores bailes sociais da década de 1990 na capital paraense. Foi assessora de imprensa da Assembleia Paraense e passou a assinar sua própria coluna em 2004, no DIÁRIO, então no caderno Top, seguindo na casa até hoje, com colunas que marcaram época nos últimos 20 anos. Atualmente, Carmem Souza assina coluna todas as segundas no Você, além de ser assessora de imprensa da Assembleia Legislativa do Pará.

Ao longo de toda essa experiência no jornalismo, Carmem acredita que o momento atual é o mais desafiador de todos para a cobertura, devido o avanço da internet. “Acontece uma enxurrada de informações a cada minuto que precisamos checar. Centenas de eventos sociais sendo fotografados o tempo todo, pois todos querem ser relevantes, e nós, colunistas, precisamos estar atentos aos que realmente merecem espaço no jornal impresso. Além do que, a sociedade mudou, as pessoas ‘de influência’ hoje são das mais diversas áreas, e precisamos perceber esse novo modelo. Observo também que a nova geração (hoje dos meus filhos, na faixa dos 30, 40 anos) estão tomando posições de liderança empresarial e despontando em nível social. Ou seja, a sociedade mudou em tudo nos últimos 20 anos”, destaca.

Para os próximos anos, Carmem Souza diz que deseja continuar atuando no colunismo social, com desejo de expandir seus registros para o digital cada vez mais. “Amo a casa que me recebeu, o DIÁRIO DO PARÁ é de fato quem me reconheceu e sou muito grata por todos os anos em que confiaram no meu trabalho. Quero continuar fazendo o que faço de melhor e também crescendo na área digital, evoluindo junto com o mercado. Espero que a minha história ocupe um lugar célebre como tantos que passaram antes de mim e que fique como legado para as próximas gerações”, diz Carmem.

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