O gênero de super-heróis, que dominou a indústria cinematográfica nas últimas duas décadas, atravessa em 2025 um momento de retração. Pela primeira vez desde 2011, nenhuma produção do segmento ultrapassou a marca de US$ 700 milhões em bilheteria global, sinalizando uma mudança de ritmo no interesse do público. A exceção de 2020, quando não houve lançamentos devido à pandemia, reforça o caráter atípico da situação atual e levanta debates sobre o futuro das grandes franquias de heróis nos cinemas.
Entre os principais lançamentos do ano, Superman liderou com US$ 625 milhões, seguido por Quarteto Fantástico: Primeiros Passos (US$ 525 milhões), Capitão América: Admirável Mundo Novo (US$ 415 milhões) e Thunderbolts (US$ 382 milhões). Embora títulos ligados a personagens consagrados tenham apresentado números expressivos, eles ficaram abaixo das expectativas históricas do gênero. O caso de Thunderbolts é mais compreensível, por se tratar de uma equipe menos popular dos quadrinhos, mas a performance de nomes já estabelecidos como Superman e Capitão América acendeu um alerta entre os estúdios.
Especialistas apontam que o fenômeno da “fadiga de heróis” pode finalmente estar impactando as bilheterias. A repetição de fórmulas, aliada à concorrência com outras formas de entretenimento e ao crescimento do streaming, tem exigido novas estratégias de engajamento. A expectativa agora recai sobre Homem-Aranha: Um Novo Dia e Vingadores: Doomsday, próximos grandes lançamentos do calendário. Caso não atinjam a faixa de US$ 1 bilhão, será inevitável que os estúdios reavaliem não apenas seus investimentos, mas também a maneira como contam histórias dentro desse universo que, por anos, foi sinônimo de sucesso absoluto.