Entretenimento

Belém é palco do Brasil Eco Fashion Week

Tainah Fagundes conta que participa desde a primeira edição do Brasil Eco Fashion Week. Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.
Tainah Fagundes conta que participa desde a primeira edição do Brasil Eco Fashion Week. Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.

Ana Laura Costa

Pioneira em desfiles de moda sustentável, que reúne salões de negócios, palestras, exposições, workshops e, claro, passarela, a 7ª edição do Brasil Eco Fashion Week (BEFW) ocorreu pela primeira vez na capital paraense, no Centro de Desenvolvimento da Amazônia – (Senai/Cedam), no bairro do Marco, ontem (10).

O evento reuniu marcas e projetos que permeiam toda a região Norte do país com a conferência “Conectando Brasilidades” que contou com debates sobre moda na região amazônica, desafios de empreender e o mercado fashion na Amazônia. Mais de 15 expositores participaram da conferência que atraiu um grande público e personalidades do Estado.

O diretor executivo do BEFW, ressaltou que o modelo do evento oportuniza o acesso a pequenos empreendedores. “Nós gostamos de marcas com histórias e neste salão nós temos muitas. Então esse evento oportuniza que os convidados, com foco em sustentabilidade, lancem suas marcas, façam network, se conectem e, claro, exponham suas marcas e produtos para as pessoas”, afirma.

A coordenadora do Amazônia Fashion Week (AFW), Felicia Maia, esteve presente no evento e ressaltou a importância da descentralização da programação do eixo Sul-Sudeste porque valoriza os talentos locais.

“Aqui na Amazônia, já há um evento que acontece há bastante tempo, o Amazônia Fashion Week, e que já tem uma visibilidade. Mas no momento em que eventos que ocorrem regularmente nesse eixo, realizam essa conferência de aventura aqui, mostra o quanto a nossa região hoje é produtiva no âmbito da moda e o quanto ela está preparada para colocar na passarela produtos de moda com identidade amazônica”, destaca.

Tainah Fagundes, 40, diretora da Da Tribu, marca paraense de biojoias, conta que participa desde a primeira edição do BEFW e entende que é mais que urgente pautar os profissionais da moda na Amazônia.

“Como empreendedora e marca eu digo que isso é mais que urgente. é desafiador estarmos no Sul e Sudeste do país, então é relevante que um evento como esse esteja ocorrendo aqui. Nós temos muitas camadas, inovações, complexidades amazônidas, então é bom que as pessoas estejam de perto vendo e se conectando com outros atores. É relevante demais, porque não é só uma passarela, tem todo um contexto político”, afirma.

PASSARELAS

A consultora Marina Kalif, ressalta que o evento é muito mais do que uma “vitrine” da moda e seus autores amazônicos, mas um sinal de novos tempos nas passarelas.

“A moda é totalmente interligada a todos os assuntos e problemas da sociedade, então quando a gente fala de moda sustentável, é impossível não falar da Amazônia, e não dá para falar da Amazônia sem nunca ter estado na Amazônia, vivido e sentido suas dores e delícias, né? Então, essa atitude da Brasil Fashion Week é muito importante. O tema do evento ano passado foi co-criar o futuro e eu acho que o evento faz muito bem isso, eles co-criam o futuro com aqueles que estão pensando moda no Sul, no Sudeste, no Norte, qualquer região do Brasil. E eu acho que isso tudo nos une”, destaca.