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Balé Folclórico da Amazônia participa da 14ª turnê internacional

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Lais Azevedo

Os nomes não são simples de pronunciar. Romans-sur-Isère, Chambéry, Le Puy en Velay e Montignac-Lascaux são algumas das pequenas cidades francesas por onde o Balé Folclórico da Amazônia irá passar com sua 14ª turnê internacional, à convite do CIOFF (International Council of Organizations of Folklore Festivals and Folk Arts), que realizará sete festivais na França, no período de julho a agosto, em pleno verão europeu.

Na bagagem dos 30 profissionais que integram a companhia, entre músicos e bailarinos, irá um compilado do que é o Brasil e, especialmente, a Amazônia. O repertório é composto de releitura de danças tradicionais e criações coreográficas inspiradas em lendas amazônicas como a Iara, a Cobra Grande e a Mãe D’água. E também os usos e costumes que refletem o fazer tradicional dos ribeirinhos, dos homens do campo e também da cidade.

“Entram elementos cênicos como as saias de carimbó, os remos, as redes de pesca, barquinhos. Eles olham muito encantados com a Vitória-Régia, na qual usamos um material especial, ocorre uma manipulação de elementos cênicos bastante impressionante. A própria música, a batida contagiante de ritmos como o carimbó, a beleza das pessoas mesmo, acaba encantando esse público”, comenta o diretor geral e co-fundador do Balé, Eduardo Vieira, responsável pela verdadeira “operação de guerra” que é esse deslocamento.

Com sete festivais na agenda e uma semana em cada local, este será um percurso de 50 dias. “Paralelo a isso, tem uma série de conferências, oficinas, colaboração técnica entre os grupos, desfiles de rua, uma programação extensa em cada lugar. Nossa primeira temporada [no Exterior] foi de 90 dias, um trabalho árduo – tem o glamour, claro, mas o trabalho é sempre maior”, confessa Eduardo. “E o que nós vamos apresentar é resultado de anos de um trabalho incessante”.

Desde sua fundação, há 33 anos, o Balé Folclórico da Amazônia sempre manteve uma agenda com pausas apenas no Carnaval. “Isso porque alguns de nós somos envolvidos, eu mesmo sou carnavalesco. Mas essa turnê está sendo elaborada desde julho do ano passado. Tem que ser bonito de se ver! Por isso tem muito trabalho nessa produção, pensando em visual, renovação de coreografia, troca de instrumentos, preparação da equipe e até ajustes de agenda dos integrantes”, detalha o diretor geral.

O Balé tem uma trajetória de grande sucesso internacional, e Eduardo reforça que por isso, cada viagem exige chegar à perfeição. “O grupo é sempre muito bem recebido, por ser do Brasil e principalmente por ser da Amazônia, e nosso objetivo é levar um espetáculo composto por coisas que eles nunca viram, surpreender, ir além do que eles imaginam. A expectativa é de que será mais uma grande turnê de sucesso – nossa décima quarta!”, celebra. Pelo Instagram (@bfambrasil) é possível acompanhar um pouco dessa viagem e conferir a agenda local do grupo no Pará.