República Popular de Terranova

Autor paraense lança ficção futurista que expõe ciclos de opressão e desigualdade

Felipe Kato estreia na literatura com “República Popular de Terranova”, saga distópica que mescla crítica política, humor ácido e estética cyberpunk

Foto: Divulgação
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O advogado e escritor Felipe Kato, natural do Pará, estreia na literatura com uma obra ambiciosa: República Popular de Terranova – volume 1 (576 páginas). A narrativa leva o leitor ao ano de 3084, em um macropaís ultratecnológico protegido por uma redoma contra a atmosfera tóxica e abastecido por vias aéreas, ciborgues, nanorrobôs e portais interdimensionais.

Por trás da fachada de eficiência e inovação, porém, Terranova esconde um regime autoritário marcado por censura, corrupção e controle social via tributação. “Uso o conceito de impostos para montar um sistema que controla até a forma como as pessoas pensam e trabalham”, explica Kato, que se inspirou em sua experiência no direito tributário para criar a distopia.

Enredo e Personagens

O protagonista, Thomas K., é um jornalista de um dos últimos veículos independentes. Ao ser cobrado por uma dívida bilionária sem explicação, vê-se preso na engrenagem opressiva do governo e acaba em um centro de “reeducação” para dissidentes. Paralelamente, sua filha Susana se junta a um movimento rebelde, mas é capturada e transformada em ciborgue para servir ao próprio regime que combate.

Com alternância de pontos de vista, a trama combina crítica social, ironia e elementos da cultura geek para criar paralelos com a política e a desigualdade brasileiras. Ambientada em um cenário futurista e cyberpunk, a saga questiona até que ponto a sociedade aceita a opressão como algo natural.

Felipe Kato

Ficha técnica

  • Título: República Popular de Terranova – volume 1
  • Autor: Felipe Kato
  • ISBN: 978-65-01-44609-7
  • Páginas: 576
  • Preço: R$ 89,70 (físico) | R$ 49,90 (e-book)
  • Onde comprar: Amazon | Clube de Autores