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Arte, poesia e música ocupam a Cidade Velha neste sábado

O bar do Seu Bené recebe mais uma vez o Baile do Beco.
O bar do Seu Bené recebe mais uma vez o Baile do Beco.

Da Redação

Uma câmera passeia pelos caminhos estreitos em madeira e nos leva pelo Beco do Carmo, na Cidade Velha, entra pela janela de uma casa, de onde, olhando para fora, se avista ao alto a torre da Igreja do Carmo, tudo embalado com música, com um clima romântico e saudosista.

O vídeo postado nas redes sociais do fotógrafo e ativista cultural Sandro Barbosa, é um convite para o Baile do Beco, que ganha sua segunda edição neste sábado, 16, a partir do meio-dia, como uma reunião descontraída de amigos artistas aos quais sempre se pode unir mais um.

Como diz o convite, “uma reunião de afetos que dançam emocionados e curtem poesia, fotografia, artesanato e muita música tocada pela banda Pega o Beco”, feita para corações cheios de utopias. Sandro Barbosa, que já levou exposições de fotografias para as paradas do BRT, é o agregador dessa iniciativa e contou um pouco ao Você sobre essa reunião de artistas e a programação.

P O que é o Baile do Beco e como ele surgiu?

R O baile surgiu de uma ideia natural, de reunir amigos para falar de coisas que a gente gosta, tipo poesia, fotografia, música e também dançar. Como entre esses amigos existem poetas, fotógrafos, músicos, atores e artesãos, resolvemos criar o “Baile do Beco” para expor, conhecer e comercializar e dar visibilidade para essa produção, em que a maioria vem da periferia. As músicas são aquelas que nossos pais ouviam e que, de uns tempos para cá, passaram a se chamar “música do passado” ou “Baile da Saudade”.

P Qual vai ser a programação desta edição?

R Não tínhamos ideia de como isso iria incentivar, crescer e inspirar muita gente. A primeira edição foi algo bem restrito ou, como chamamos, de “foro íntimo”. Fizemos a divulgação apenas para um grupo pequeno pelo WhatsApp, mas deu muito mais gente do que esperávamos. Já nessa segunda edição, haverá mais participações, como a multifário da artesã e produtora cultural Roberta Mártires, a banda Beco Sonoro, que acabou nascendo com o baile e que traz nos vocais Keila Monteiro, Beto Siqueira na voz e violão e Frank na bateria. Então teremos, música ao vivo, fotovaral, livros de poesia, artesanato.

P Como vocês definem a programação? Qual a preocupação na hora de montar essa agenda?

R É um baile cultural. A produção não requer uma grande estrutura. O espaço parece algo já montado para a programação. Marcamos uma data, de 15 em 15 dias, chamamos os artistas e todos levam a sua produção.

P Qual a relação desse evento com a comunidade local?

R A comunidade do Beco do Carmo, bem ao lado da Igreja do Carmo, na Cidade Velha, é um lugar incrível, de pessoas trabalhadoras e acolhedoras. E sensibilizar os olhares das pessoas para esse lugar, através da arte, tem sido uma experiência gratificante. Além de movimentar também a economia local com pequenas vendas para as pessoas que frequentam o baile. O espaço em que acontece o baile é o bar/restaurante do Seu Bené, que é morador antigo da área e que, além de amigo, se tornou parceiro do baile. O espaço tem características bem ribeirinhas, fica na beira do rio e com decorações que remetem à nossa cultura. O baile começa às 12h, no sábado, dia 16, no Beco do Carmo, Cidade Velha, Porto Beiradão.