
Com o objetivo de estruturar uma comunidade de artistas engajados e organizados, que fortaleçam as lutas sociais e ambientais que atravessam a região, por meio de linguagens artísticas plurais, incentivando espaços de debate e colaboração entre seus integrantes, é que está no ar o Cyber Ateliê. O espaço virtual reúne obras ativistas em defesa da Amazônia.
“O Cyber surgiu como uma ideia de ter um espaço virtual que abrigasse a produção de artistas da Amazônia engajados nas pautas climáticas. Ele é um dos eixos do Hub Artivista, compostos também pela Rede Artivista pela Amazônia e pelo Lab Artivista, um espaço de formação e práticas artísticas, em parceria com a FotoAtiva”, disse Lucas Negrão, integrante do coletivo Pororoka e um dos idealizadores do Hub Artivista.
Segundo Negrão, o Hub Artivista é composto por esses três pilares: Rede Artivista Pela Amazônia – uma rede de artistas ativistas engajados na defesa do território amazônico e de seus povos; o Lab Artivista – parceria com a FotoAtiva, um laboratório de experimentação e formação voltado para os artistas da Rede Artivista, que conta na programação com debates com pesquisadores e ativistas e também com práticas de ateliê para produção de obras, e o Cyber Ateliê, uma plataforma virtual de difusão das produções da Rede Artivista Pela Amazônia.
O Cyber é uma plataforma virtual com exposição de arte, mapeamento de artivistas e campanhas, como a do Dia do Meio Ambiente, lembrado em 5 de junho.
“Todos os artistas que quiserem participar estão convidados a fazer parte da Rede Artivista pela Amazônia. O Cyber Ateliê terá exposições virtuais e presenciais programadas e com curadores convidados para cada programação”, falou Negrão.
A galeria virtual foi lançada no último sábado, 31, com a missão de fortalecer e dar visibilidade às expressões artísticas comprometidas com as lutas e os territórios amazônicos.
“Temos agora a exposição ‘A Luta Pela Amazônia e Seus Povos’, com obras de arte de artistas da Rede Artivista. São obras que trazem a visualidade amazônica e mensagens de preservação do território amazônico, como ‘A Amazônia que queremos’. O Cyber é alimentado pelos artistas da Rede Artivista. Todo mundo pode fazer parte, abrimos chamados para os artistas da rede enviarem suas obras para as exposições virtuais e presenciais”, contou Negrão.
O mundo se prepara para conhecer a Amazônia e discutir o futuro do planeta, com a realização da COP30 na região, e o Cyber Ateliê tem como um de seus objetivos alcançar cada vez mais pessoas e chamar a atenção da sociedade, em nível nacional e internacional, para as demandas da região amazônica, tendo como estratégia a linguagem artística plural e engajada.
“A rede tem um formulário aberto em fluxo contínuo, então estamos sempre recebendo novos integrantes para compor essa rede e fazer parte desse mapeamento. No Cyber há uma área de mapeamento dos artivistas da Amazônia. Nele, estamos organizando por áreas os artistas, para que seja fácil pesquisar e encontrar obras e artistas engajados pela Amazônia”, destacou Lucas.
O site também terá uma seção chamada Mapa Artivista – um banco de dados que permite que pessoas interessadas encontrem artivistas para parcerias, com informações como contatos, portfólios, linguagens artísticas, recortes sociais, localização geográfica, entre outros.
Pororoka
O Coletivo Pororoka é um coletivo de midiativismo e artivismo sediado em Belém, que realiza projetos envolvendo comunicação, arte, educação e engajamento social para defender a Amazônia e seus povos, utilizando diversas linguagens artísticas para sensibilizar e mobilizar a população em torno de questões relacionadas à justiça climática.
Desde 2020, o Coletivo realiza intervenções presenciais e campanhas on-line bem-sucedidas em alcançar pessoas, levantar debates, amplificar vozes das periferias e pressionar legisladores em torno das pautas socioambientais.