Você

Amazônia Jazz Band é destaque em festival internacional

O saxofonista Elias Coutinho, maestro da AJB, também ministrou workshop sobre improvisação no saxofone. FOTO: DIVULGAÇÃO
O saxofonista Elias Coutinho, maestro da AJB, também ministrou workshop sobre improvisação no saxofone. FOTO: DIVULGAÇÃO

A Amazônia Jazz Band foi responsável por um dos pontos altos da 12ª edição do Amazonas Green Jazz Festival, que reuniu em Manaus (AM), alguns dos maiores expoentes do gênero, e teve como tema a celebração da cultura afro-americana, com shows de artistas do Brasil, Estados Unidos e Porto Rico.

Três integrantes da big band paraense, os músicos Elias Coutinho, Tiago Belém e Johab Quadros, também participaram do evento ministrando masterclasses.Maestro da AJB, o saxofonista Elias Coutinho ofereceu um workshop sobre o estudo da improvisação aplicado ao saxofone. Tiago, que é um dos bateristas da big band, apresentou uma masterclass sobre seu livro “Batuque Brazuca”, com rudimentos simples de bateria transformados em ritmos brasileiros. Já o trompetista Johab Quadros falou sobre estratégias de estudo do instrumento de sopro aplicadas à interpretação de música popular. As aulas foram ministradas no Teatro Gebes Medeiros, entre os dias 21 e 28 de julho.

DIÁLOGO ENTRE PARÁ E AMAZONAS

A experiência ampliou a relação histórica entre a AJB e o grupo manauara Amazonas Band, outro destaque do evento. O maestro da banda paraense destacou o quanto o festival, com o tamanho e a relevância alcançadas, faz com que o Norte se insira num cenário nacional do jazz e da música instrumental.

“É um grande evento, principalmente porque acontece aqui no norte do país, e que tem figuras internacionais que nunca pisaram em outro lugar do Brasil. É um festival que já está na sua 12ª edição, o que mostra um trabalho incrível feito pela Secretaria de Cultura do Amazonas. É um orgulho para nós, que somos nortistas, saber que tem um evento como esse aqui do lado”.

FESTIVAL REUNIU NATA DA MÚSICA INSTRUMENTAL

O Amazonas Green Jazz Festival teve como atrações desta edição, entre outros artistas, o pianista Edsel Gomez; o baixista e compositor cearense Michael Pipoquinha; a big band da Força Aérea dos EUA, Airmen of Note Big Band; o violonista Alessandro Penezzi, considerado um dos grandes virtuoses brasileiros do instrumento; e o pianista, arranjador e compositor Jovino Santos Neto, radicado nos EUA e nomeado ao Seattle Jazz Hall of Fame. Os convidados homenagearam a “África em Nós”, com ritmos como salsa, rhythm and blues (R&B), latin jazz, blues e fusion.

TROCA IMPORTANTE PARA OS MÚSICOS

Essa troca e convivência com artistas de todo o Brasil e internacionais foi algo destacado pelos músicos paraenses. “É um tipo de evento onde a gente troca informações e experiências em um festival muito tradicional. A organização sempre se propõe a trazer músicos renomados e esse ano não foi diferente. Para mim foi uma honra participar e ter sido convidado para fazer uma masterclass exclusiva no festival”, confirmou Tiago Belém.

 

“É um tipo de evento onde a gente troca informações e experiências em um festival muito tradicional. A organização sempre se propõe a trazer músicos renomados e esse ano não foi diferente. FOI UMA HONRA PARTICIPAR.”

Johab destacou a programação diversificada do festival e o quanto esse contato com músicos de várias vertentes serve para nortear e inspirar quem trabalha com arte. “Tive a oportunidade de tocar como solista na Amazonas Band e pude ver outras apresentações. Então, é uma forma de agregar conhecimento para o nosso trabalho em Belém. Esse contato com esses artistas faz com que a gente revigore tanto os ânimos para praticar quanto trazer informações para poder agregar ao nosso trabalho. A gente fica com a certeza que estamos no rumo certo no desenvolvimento do nosso caminho”.