Aíla se une ao pernambucano Jáder no single “Me Beija”

Wal Sarges/Diário do Pará

Colorido, envolvente e ao mesmo tempo nostálgico. Assim surgem o clipe e o single “Me Beija”, unindo o sotaque paraense ao nordestino, nas vozes de Aíla e do pernambucano Jáder. O lançamento do single e do clipe ocorre nesta quinta-feira, 16, em todas as plataformas de streaming de música e no canal de Aíla no YouTube.

Ao som do piseiro, a música fala da química entre duas pessoas após um primeiro encontro repleto de paixão e muito beijo.

“A parceria com a Aíla é sempre muito gostosa, muito fluida. Foi um processo feito à distância, mas foi muito interessante porque a nossa forma de compor se encaixou muito. A gente fez algumas músicas de uma vez só. Em uma semana, por exemplo, a gente compôs duas músicas e foi muito forte. Essa vontade de gravar já existia, além de uma admiração mútua”, afirma o cantor e compositor Jáder.

“Conheci o Jáder com o lançamento do primeiro disco dele, recente, e já amei de cara. Pará e Pernambuco conectados. Fiz um feat ao vivo com ele no palco do Festival Garanhuns (PE) em 2022 e foi demais”, diz Aíla.

“A admiração já era mútua, e desde daí, mesmo à distância, estreitamos a nossa relação compondo juntos. E desse leva de músicas surgiu ‘Me beija’, que une a batida do ‘pisêro’ a uma linguagem mais pop, que tem a ver com o nosso trabalho, além do clipe trazer esse visual punk-gótico setentista, as luzes de led e muita diversão dentro do parque”, continua a artista paraense, referindo ao cenário das gravações, o parque de diversões ITA, em Belém.

TRILHA SONORA

Dentre as músicas que surgiram da parceria entre os dois, uma fará parte da trilha sonora de uma série que estreia na Amazon este ano, adianta Aíla, que diz que só poderá falar todos os detalhes da novidade em breve.

Uma coisa é certa: a conexão entre essas duas regiões – que volta e meia ocorrem no trabalho de Aíla, buscando referências musicais em diversas produções, como a que fez com a potiguar Luísa e os Alquimistas –, sempre dá certo.

“O Norte e o Nordeste se conectam de muitas maneiras, seja na autenticidade ou na vontade de desbravar esse Brasilzão. Somos as bordas de um país, que insiste em negar os sons que vêm das Amazônias. Aqui a gente faz brega, piseiro, samba, rap, lambada, tecnobrega, a gente faz tudo”, diz Aíla.