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TRÊS LIVROS CURTOS QUE VOCÊ LÊ NUM DIA E PENSA NELES PELA VIDA INTEIRA! 

TRÊS LIVROS CURTOS QUE VOCÊ LÊ NUM DIA E PENSA NELES PELA VIDA INTEIRA! 

Em uma época de rotinas aceleradas, ler um livro inteiro em um só dia parece uma façanha para poucos. Mas e se eu te dissesse que existem obras curtas, com menos de 200 páginas, que não só se encaixam perfeitamente em uma tarde livre, como também deixam marcas profundas por toda a vida?

Não estamos falando de livros rasos ou de leitura descartável, mas de narrativas poderosas, densas em emoção, reflexão e humanidade. Veja a seleção a seguir: 

1. “A hora da estrela”, de Clarice Lispector

A hora da estrela  é um retrato comovente da vida de Macabéa, uma jovem nordestina perdida no caos do Rio de Janeiro. Clarice esculpe palavras como quem busca a alma por trás da aparência. A protagonista é quase invisível aos olhos do mundo — e, ainda assim, sua história pulsa com um grito abafado, mas profundamente humano. É uma obra que fala sobre marginalização, identidade e o cruel descaso social. Leitura rápida, sim. Mas a sensação de incômodo e empatia que ela desperta… essa dura por muito tempo.

2. “O velho e o mar”, de Ernest Hemingway

Hemingway escreve com precisão cirúrgica. E em O velho e o mar, vencedor do Prêmio Pulitzer e crucial para seu Nobel, essa habilidade atinge o auge. Santiago, um pescador idoso, enfrenta o mar em uma batalha épica contra um peixe gigantesco. Parece simples? Não é. Essa narrativa é uma metáfora poderosa sobre persistência, honra, solidão e a relação do homem com a natureza. Com menos de 130 páginas, a obra é quase um poema em prosa — daqueles que você termina, suspira, e relê mentalmente por semanas.

3. “O alienista”, de Machado de Assis

Publicado originalmente em 1882, O alienista é um conto estendido de menos de 100 páginas que continua incrivelmente atual. Dr. Simão Bacamarte, um médico obcecado pela ciência, decide isolar os “loucos” de uma cidade. O que começa como um experimento racional vira uma crítica afiada ao autoritarismo, à loucura da razão e às instituições. Machado, com seu humor sutil e sua genialidade ácida, entrega uma narrativa leve na forma, mas provocadora na essência.