Som, do latim sonum, é a propagação de uma frente de compressão mecânica ou uma onda mecânica. Para várias religiões, ou filosofias, o som é a fonte de toda a criação. Para cristãos “a palavra” é o começo: – “Disse” Deus: Haja luz, e houve luz.
Para os Hindus o Om (ॐ) é considerado o corpo sonoro do Absoluto, Shabda Brahman é o som do Universo, a semente que fecunda todos os outros mantras. Para os Egípcios, assim como várias tribos aborígenes “músicas sagradas” também representam o começo.
Em diversas culturas o “Som” seria a principal fonte de tudo que existe dentro do que chamamos de “Criação”. Os chineses também possuíam uma crença de algo imensamente fundamental na música. Um trecho de uma música era considerado uma fórmula de energia.
A música encerraria, em seus tons, elementos de ordem celestial, assim como a matemática da música englobaria proporções e princípios sagrados, sendo a “vibração cósmica” a base de toda matéria e energia.
Sons naturais são, na sua maior parte, combinações de sinais, ou frequências, sendo um som puro representado por uma senoide pura, a forma mais simples de uma onda. Possuem uma velocidade de oscilação, ou frequência, que se mede em Hertz, ou ciclos por segundo, e uma amplitude, ou energia, que se mede em decibéis.
Sons audíveis pelo ouvido humano têm uma frequência que varia entre 20Hz e 20.000Hz. Abaixo de 20Hz temos os infrassons e acima de 20.000Hz os ultrassons.
O Grego Pitágoras (570-495a.C.) ficou conhecido não somente pelo Teorema que leva seu nome, mas também pela introdução do conceito de “Musica Universalis” e a “Harmonia das Esferas”. Para Pitágoras a natureza seria sempre harmoniosa: planetas movem-se seguindo equações matemáticas, que correspondem a notas musicais, produzindo uma espécie de sinfonia.
Como consequência surgiu o conceito de “Musica Humana”, segundo o qual operaríamos com acordes, produzidos pelos nossos sistemas e subsistemas orgânicos. O que entendemos como doenças seria o equivalente a uma orquestra desafinada.
O filosofo chinês Confúcio (551-479 a.C.) dizia que “se desejamos conhecer se um reino é bem governado, se sua moral é boa ou ruim, a qualidade de sua música irá fornecer a resposta”.
A música, segundo várias culturas, teria o poder de harmonizar o organismo. Ondas atravessando um meio físico, e nós somos um meio físico, produzem efeito direto sobre as nossas estruturas orgânicas.
Sendo assim o som, ou a música, podem afetar não somente nosso corpo, como também nossos pensamentos e nossa mente.
Em 1967 o médico suíço Dr. Hans Jennhy propôs o termo “Cimática” para o estudo da vibração e do som visível. Em 1984 o biólogo russo Dr. Peter P. Garyaev iniciava extensa pesquisa em novas linhas de codificação genética, dando continuidade aos trabalhos de outros cientistas russos como o também biólogo Alexander G. Gurwitsch, considerado o descobridor dos biofótons (1941).
Em 1997 defende sua tese de doutorado, é eleito membro da Academia de Ciências de Nova Iorque, e em 2013 funda o Instituto de Genética Quântica, declarando que “devemos aceitar a ideia de música e fala como alguns modelos de vetores genéticos”.
Para Dr. Garyaev não só o aparelho genético de organismos vivos da Terra pode operar a nível material, ou seja, físico, mas também através de certas ondas, sendo capaz de transferir dados genéticos, informações, através de ondas eletromagnéticas e sons.
Em 2001, na Universidade de Toronto, Canadá, uma equipe de cientistas, liderados pelo Dr. Garyaev, foi capaz de regenerar pâncreas de ratos usando som. Usando um computador quântico biológico para transcrever a informação genética dos ratos em sons, o tratamento é realizado com a aplicação das ondas sonoras terapêuticas, resultando na renegação do órgão. Dr. Garyaev acredita que em breve tal tecnologia será capaz não só de tratar doenças como também estender a expectativa de vida da população.
Confira o vídeo:
Som e Ressonância from Alfredo Coelho on Vimeo.