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Sexualidade da mulher idosa: ginecologista explica mudanças fisiológicas e orienta como melhorar qualidade de vida

Sexualidade da mulher idosa: ginecologista explica mudanças fisiológicas e orienta como melhorar qualidade de vida

Sexualidade da mulher idosa: ginecologista explica mudanças fisiológicas e orienta como melhorar qualidade de vida

De acordo com o último Censo Demográfico do Brasil, realizado em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira com 65 anos ou mais aumentou de 7,4% em 2010 para 10,9% em 12 anos, representando aproximadamente 22 milhões de pessoas nessa faixa etária. Diante desse cenário, intensificam-se os debates em relação a todos os aspectos, incluindo a sexualidade feminina nessa etapa da vida.

“A redução da lubrificação vaginal é causada pela queda de estrogênio, podendo gerar desconforto e dor. Observa-se, também, menor elasticidade vaginal. Ou seja, o afinamento da mucosa pode causar dispareunia (dor na relação sexual) e perdas urinárias aos pequenos esforços. Em paralelo, pode haver diminuição da libido, influenciada por fatores hormonais e emocionais, além de menor fluxo sanguíneo na região genital, que impacta a excitação e a sensibilidade”, explica a ginecologista e obstetra da Hapvida, Yara Caldato.

Nessa perspectiva, algumas medidas podem ser tomadas, incluindo reposições hormonais mediante prescrição médica. “Outras estratégias podem auxiliar a melhora do prazer feminino, como o uso de lubrificantes e hidratantes vaginais, pois aliviam o ressecamento e o desconforto, ainda que não tratem o problema”, aponta.

A especialista garante, também, que as atividades físicas melhoram a circulação sanguínea e a disposição. “Exercícios de assoalho pélvico fortalecem os músculos vaginais. Ao mesmo tempo, psicoterapia e terapia sexual ajudam a lidar com as inseguranças”, orienta.