Hoje, em comemoraçao ao aniversário de Brasília, neste mês de abril, o Plurarte tece uma deliciosa conversa com Nicolas Behr, empresário, publicitário e uma das grandes vozes da poesia marginal. O seu primeiro livro, lançado em 1977, vendeu mais de 8 mil cópias, um feito impressionante. O artista acredita que o mimeógrafo, um pequeno instrumento utilizado para fazer cópias de papel escrito em grande escala, aproximou o poeta do público, pois dessa forma o artista pode sair às ruas para vender seus livros sem muito custo e burocracia. Nicolas nasceu em Cuiabá, mas se mudou jovem para Brasília, cidade pela qual se declara apaixonado. “É a minha obsessão poética”, diz ele. Essa grande influência gerou um filme chamado Braxilia, escrito por ele, premiado em diversos festivais mundiais. E por falar em inspiração, um dos projetos mais queridos por Nicolas é um livro de poemas de amor intitulado Alcina, nome da sua esposa, com quem é casado há 38 anos. O artista acredita que a poesia é uma arte perigosa, que pode levar para fora da realidade, então é sempre bom “pôr os pés no chão”. Por conta disso, Nicolas também atua como empresário. Ele é dono de uma floricultura chamada Polo Verde, e finaliza o programa estendendo o convite para o público do Plurarte visitar o seu espaço.