A menopausa, um estágio natural na vida de todas as mulheres, está se tornando um assunto cada vez mais importante para as empresas que buscam promover ambientes de trabalho que, além de inclusivos, são apoiadores. Conscientes da importância da saúde e do bem-estar de seus colaboradores, muitas organizações estão se preocupando em planejar ações e iniciativas específicas para funcionárias que enfrentam a menopausa, reconhecendo-a como uma fronteira emergente de benefícios corporativos.
De acordo com estatísticas recentes, mais de 1,2 bilhão de mulheres em todo o mundo estão passando pelo período de menopausa ou entrarão nele nas próximas décadas. Essa fase de transição, que geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos, pode trazer consigo sintomas como ondas de calor, distúrbios do sono, alterações de humor e diminuição da energia – desafios esses que podem impactar diretamente a produtividade, o engajamento e o bem-estar das funcionárias no local de trabalho. Além disso, muitas mulheres dizem ter vergonha de contar que estão passando por esse período, e acabam escondendo a informação no ambiente de trabalho, até mesmo por constrangimento com relação a idade.
Uma pesquisa recente feita pela Clínica Mayo aponta que 15% das mulheres tiveram pelo menos um episódio adverso no trabalho, devido aos sintomas da menopausa no ano passado. Esses acontecimentos incluem dias perdidos no trabalho, redução de horas, demissão ou pedido de demissão. O estudo enfatiza que a perda de produtividade custa a essas mulheres cerca de R$ 8,9 bilhões. Cientistas do Reino Unido constataram que as mulheres que, aos 50 anos sofrem com algum sintoma da menopausa, o qual afeta a sua qualidade de vida, possuem 43% de chances de abandonar suas carreiras até os 55 anos.
Márcia Cunha, fundadora e CEO da Plenapausa, primeira femtech brasileira com foco em apoiar mulheres a partir da menopausa, destaca que julgamentos feitos pela sociedade acerca da mulher madura é o que dificulta as mulheres a passarem por essa fase. “A queda hormonal gera diversas mudanças no corpo e emocional, e a falta de informação só faz com que afete negativamente esse processo. E é isso que queremos mudar! Trazer informação e apoio, para que tanto as mulheres que estão na menopausa, quanto as que irão entrar, possam se preparar, a ponto de que os sintomas físicos não interfiram no dia a dia e a saúde mental delas”, explica.
A femtech realizou recentemente uma entrevista com mais de 7 mil mulheres aqui no Brasil e detectou que 46% delas se sentem menos produtivas no trabalho, 10% reduziram o número de horas trabalhadas na semana, enquanto 2% recusaram promoções ou propostas de emprego e 3% pediram demissão. Assim como diversas empresas que buscam atrair e manter talentos têm expandido suas ofertas de benefícios para englobar serviços relacionados a fertilidade, programas remunerados de licença maternidade e paternidade, algumas estão começando a incorporar suporte direcionado para o período da menopausa.
A startup avalia que empresas que ofereçam benefícios focados para as mulheres na menopausa, seja também um critério de ingresso em vagas. “A tendência é que as empresas olhem muito para essa necessidade para atrair mulheres em suas vagas disponíveis, bem como para a retenção de talentos, tanto para as mulheres que estão vivenciando a menopausa, como também as mulheres que ainda não estão, mas que vão olhar isso como um plano de carreira futura, assim como olham hoje como a empresa lida com a questão de licença maternidade e apoia mães, mesmo antes de engravidarem”, afirma Carla Moussalli, co-fundadora da Plenapausa.
Plenapausa
Primeira Femtech no Brasil com foco na saúde da mulher a partir da menopausa. Entendendo que hoje, no Brasil, são cerca de 35 milhões de mulheres em idade menopausal e 85% delas sentem os sintomas em maior ou menor grau. Ainda que parte do público feminino desconheça os sintomas, a Plenapausa tem como missão gerar informação, cuidado e tratamento às mulheres durante essa fase, que a partir de pesquisas e dados, busca constantemente criar soluções efetivas para esse público. Recentemente a startup foi aprovada para o maior programa de aceleração da América Latina, o Inovativa Brasil.
Márcia Cunha
Fundadora e CEO da Plenapausa, Márcia é empreendedora de segunda viagem, graduada em Economia e MBA em Gestão Estratégica de Negócios pela FGV. Sempre inserida no universo feminino, formou-se em Psicanálise pelo CEP SP, a fim de compreender ainda mais as mulheres. Ela é Business and Executive Coach formada pelo ICI, possui mais de 18 anos de experiência profissional e atuou em organizações nacionais e multinacionais de grande porte como Alcoa, Delphi, Vivo e Epay Worldwide.
Carla Moussalli
Co-fundadora da Plenapausa, Carla é advogada formada pela PUC e pós graduada em Inovação e empreendedorismo em saúde. Enraizada no 3° setor, possui 10 anos de experiência corporativa e vê no empreendedorismo, a oportunidade que tanto almejou: poder ajudar mulheres.
Créditos
Com informações da Jangada Consultoria de Comunicação
Foto Divulgação