Saber Viver

Dia Mundial da Tireoide reforça atenção aos cuidados e distúrbios da glândula

Dia Mundial da Tireoide reforça atenção aos cuidados e distúrbios da glândula

Celebrado todos os anos em 25 de maio, o Dia Internacional da Tireoide visa conscientizar os muitos milhões de pacientes que apresentam doenças da tireoide, como hipotireoidismo, hipertireoidismo, doenças autoimunes, outras doenças raras e câncer.

Iniciada em 2007, pela Thyroid Federation International, durante sua Assembleia Geral Anual, em Leipzig, Alemanha, a data oferece uma oportunidade para destacar os múltiplos fatores, genéticos, ambientais e outros, que contribuem para o desenvolvimento de doenças da tireoide.

Nesse dia, associações e outros grupos ligados ao tema, em todo o mundo, organizam eventos para fornecer informações relevantes e atualizadas aos pacientes e à sociedade em geral, a fim de ajudá-los a reconhecer os sintomas e incentivá-los a fazer um monitoramento regular de seus níveis hormonais, para que possam tomar decisões informadas sobre sua saúde.

A tireoide é uma glândula em forma de borboleta, localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão, popularmente, gogó, responsável pela produção de hormônios que agem no metabolismo.

Os hormônios produzidos pela tireoide – T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) – agem na função de órgãos vitais como coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional, garantindo o equilíbrio do organismo.

O endocrinologista Rubens Tofolo, que no próximo dia 25 de maio assumirá o cargo de secretário geral da Associação Brasileira de Apoio aos Portadores de Doenças da Tireoide e Paratireoide, explica que quando a tireoide não funciona adequadamente, pode liberar hormônios em excesso, provocando o hipertireoidismo ou em quantidade insuficiente, causando o hipotireoidismo.

“No hipertireoidismo o corpo começa a funcionar rápido demais: o coração dispara, o intestino solta, a pessoa fica agitada, fala demais, gesticula muito, dorme pouco, sentindo-se com muita energia, mas também muito cansada. Ao contrário, se a produção de hormônio é insuficiente, provoca o hipotireoidismo. O organismo começa a funcionar mais lentamente: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Ocorrem, também, diminuição da capacidade de memória, cansaço excessivo, dores musculares e articulares, sonolência, pele seca, ganho de peso, aumento nos níveis de colesterol no sangue e, ainda, depressão. No Brasil, atualmente, as doenças da tireoide atingem cerca de 15% das mulheres com mais de 45 anos de idade.Tanto nos casos de hipo como nos de hipertireoidismo, pode ocorrer o aumento no volume da tireoide, chamado bócio, que pode ser detectado no exame físico. Problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, do recém-nascido ao idoso, em homens e em mulheres”.

O Bócio, popularmente conhecido como papo, Hipotireoidismo Congênito, problema hereditário que impede o crescimento e o desenvolvimento do recém-nascido, Tireoidites, câncer de tireoide, um tipo raro, que atinge 1% da população, e Doença de Graves, um conjunto de doenças inflamatórias que afetam a glândula tireóide, são outros transtornos da tireoide, que devem ser tratados.

O Dia Internacional da Tireoide será celebrado nesta quinta-feira. Dados do Instituto Navional de Câncer – Inca, mostram que o câncer da tireoide é o mais comum na região da cabeça e do pescoço, afetando três vezes mais as mulheres do que os homens.

Crédito

Com informações da Assessoria de Imprensa AMais Comunicação