Depois de tudo o que Josias fez, e depois de colocar em ordem o templo, Neco, rei do Egito, saiu para lutar em Carquemis, junto ao Eufrates, e Josias marchou para combatê-lo. Neco, porém, enviou-lhe mensageiros, dizendo: “Não interfiras nisso, ó rei de Judá. Desta vez não estou atacando a ti, mas a outro reino com o qual estou em guerra. Deus me disse que me apressasse; por isso para de opor-se a Deus, que está comigo; caso contrário ele o destruirá” Josias, contudo, não quis voltar atrás, e disfarçou-se para enfrentá-lo em combate. Ele não quis ouvir o que Neco lhe disse por ordem de Deus, mas foi combatê-lo na planície de Megido. E na batalha, flecheiros atingiram o rei Josias, pelo que disse aos seus oficiais: “Tirem-me daqui. Estou gravemente ferido” Eles o tiraram do seu carro, colocaram-no em outro e o levaram para Jerusalém, onde morreu. Ele foi sepultado nos túmulos dos seus antepassados, e todos os moradores de Judá e de Jerusalém choraram por ele. (2 Crônicas 35:20-24)
O rei Josias governou Israel por trinta e um anos e fez boas coisas aos olhos de Deus, destruindo lugares pagãos de adoração a deuses cruéis e promíscuos; reconstruindo o templo de Deus “que os reis de Judá haviam deixado cair aos pedaços” e purificando todo o país de abomináveis cultos à depravassão e à crueldade. (2 crônicas 34:1-6). Por suas obras, o Senhor Deus prometeu que castigaria Jerusalém, mas pouparia o rei Josias.
Assíria e babilônia, nações inimigas de Israel estavam em guerra e agora o Egito também entrava na contenta, mas não atacariam Israel e Deus havia prometido poupar a Josias. Ele, entretanto, não quis dar atenção ao aviso que Deus estava dando por meio do rei Neco. Pelo contrário, ele se disfarçou e marchou para lutar, impedindo o agir de Deus e, na batalha foi ferido de morte.
Nada fica oculto aos olhos de Deus! Assim como os pecados de Israel eram conhecidos do Senhor, também a desobediência de Josias foi revelada. O Rei Josias, interferiu numa guerra que não era sua. Sofreu as consequências de sua desobediência com a própria vida e não conseguiu evitar o juízo de Deus contra Jerusalém, que acaba sendo destruída por Nabucodonosor da Babilônia.
Muitas vezes, sofremos dores terríveis causadas por moléstias que não nos pertencem, quando indevidamente tomamos para nós a cruz alheia e interferimos na corrigenda de Deus, poupando nossos filhos, amores e amigos de provações que os fariam crescer e amadurecer moralmente. Ao entrarmos em uma guerra que não nos concerne, tomamos sobre nós as dores que a outrem são destinadas e ainda incorremos na culpa de impedir que cresçam. “Se alguém quiser me seguir, disse Jesus, carregue sua cruz e negue-se a si mesmo”. Jesus não nos manda carregar o fardo alheio, pois toda dificuldade tem um grande proposito divino de cura, transformação e libertação.
Quantas mães impedem o trabalhar de Deus, poupando seus filhos da corrigenda divina, quando tentam amenizar os desertos pelos quais passam, esquecendo que são estratégias de Deus para o bem deles próprios.
Não se permita consumir pelos erros do esposo infiel, do filho errante, ou do amigo endividado por seus próprios despautérios. Muitas vezes cruzar os braços diante da dor de um filho, de um esposo ou de um amigo em divino tratamento, significa ampara-lo muito mais do que jamais pensamos ou imaginamos.
Que Deus nos dê sabedoria para orar por eles, pois a oração do justo move o braço forte do Senhor, perfeito em justiça, correção e amor. (1 Pedro 3:12))