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Aprenda a dizer ‘não’ sem culpa e preserve sua saúde mental

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Aprenda a dizer ‘não’ sem culpa e preserve sua saúde mental

Especialista da Faculdade Anhanguera explica por que sentimos dificuldade em recusar pedidos e ensina como impor limites de forma saudável

Você já se sentiu mal por recusar um convite, uma tarefa ou um favor? Sentir culpa ao dizer ‘não’ é mais comum do que parece. Muitas pessoas carregam a ideia de que negar algo é ser egoísta ou indelicado, e para evitar conflitos ou decepções, acabam dizendo ‘sim’ mesmo quando não querem. Essa atitude, no entanto, pode prejudicar a saúde emocional e sobrecarregar a rotina.
 

Segundo Ana Maria Soares, coordenadora do curso de psicologia da Faculdade Anhanguera, esse sentimento tem raízes emocionais e culturais. “Fomos ensinados desde cedo a agradar os outros e a evitar desagrados. Por isso, muitas vezes colocamos as necessidades alheias acima das nossas e sentimos culpa quando tentamos fazer diferente”, explica.
 

Ela reforça que aprender a dizer “não” é um exercício de autoconhecimento e autocuidado. “Dizer não é uma forma de se conhecer o bastante para respeitar os próprios limites e estabelecer limites ao outro. E precisamos compreender que essa ação, não é falta de empatia, é respeito consigo mesmo, com as próprias necessidades, é uma forma se autorresponsabilizar pela própria vida. Quando dizemos ‘sim’ para tudo, corremos o risco de nos anular e de passar uma imagem de disponibilidade que sobrecarrega”.
 

Confira 5 dicas para dizer ‘não’ com mais segurança e leveza:
 

1) Use uma comunicação gentil, clara e direta

Dizer ‘não’, não precisa ser algo duro. Frases como ‘Neste momento não posso’ ou ‘Agradeço, mas não vou conseguir hoje, podemos reagendar ou deixar para outra ocasião?’ são formas educadas de recusar sem se justificar demais.
 

2) Reflita antes de responder: regra dos 10 minutos

Evite responder no impulso ou no calor das emoções, espere no mínimo 10 minutos. “Quando recebemos um pedido, é válido parar e pensar: quero ou posso fazer isso agora? Essa pausa ajuda a tomar decisões mais conscientes”, afirma a especialista.
 

3) Evite justificativas longas

Tentar se explicar demais pode demonstrar insegurança. “Você tem o direito de recusar algo sem dar muitas explicações. Seja claro e gentil, e siga em frente”, orienta.
 

4) Priorize sua saúde mental e suas necessidades

Aprender a se olhar e compreender suas próprias necessidades, vontades e desejos, é uma forma de priorizar nossas emoções diante o que vivemos. Aceitar tudo por medo de desagradar pode gerar estresse, cansaço e até quadros de ansiedade e burnout. “Estabelecer limites é uma forma de se proteger e manter o equilíbrio emocional”.
 

5) Lembre-se: dizer ‘não’ também é um ato de amor-próprio
Segundo a docente, quando aprendemos a respeitar nossos limites, também ensinamos os outros a nos respeitarem.