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MASP Loja apresenta ampla seleção de objetos indígenas

MASP Loja apresenta ampla seleção de objetos indígenas

O MASP Loja, localizado no 1° subsolo do MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, apresenta, até o dia 25 de fevereiro de 2024, peças feitas por 30 etnias indígenas brasileiras, em consonância com a exposição Histórias indígenas. Para receber os novos produtos, o espaço passou por uma reformulação, ampliando a área de circulação.

Com curadoria de Adélia Borges, curadora-adjunta, MASP Loja, são apresentados cestarias, cerâmicas, objetos de madeira, tecidos pintados ou estampados, esculturas e adornos de miçangas de vidro e sementes de 30 povos indígenas que vivem em território brasileiro: Apurinã, Arara, Baniwa, Baré, Guarani Mbya, Juruna, Kadiwéu, Karajá, Kayapó Mekrãgnoti, Krahô, Macuxi, Marúbo, Mehinako, Ofaié, Palikur, Parakanã, Pataxó, Surui Paiter, Sateré-Mawé, Terena, Ticuna, Tukano, Tupiniquim, Waimiri-Atroari, Warao, Wauja, Yanomami, Yawalapiti, Ye’kwana e Z’oé. Entre eles, predominam os povos da Amazônia, mas há também etnias de outras regiões, como é o caso dos Guarani Mbya, em São Paulo. Uma particularidade é a presença dos Warao, povo originário da Venezuela que tem se refugiado no território brasileiro recentemente.

“Neste ano dedicado às Histórias indígenas, a equipe do MASP Loja intensificou os contatos. Na edição de abril da SP-Arte conseguimos apresentar produções de 25 etnias, agora em outubro ampliamos para 30 povos indígenas, incluindo os Palikur, do Oiapoque, no Amapá. Deles temos artefatos de madeira belíssimos”, pontua Adélia Borges, curadora-adjunta, MASP Loja.

Dentre as peças, destacam-se os cestos em fibra de taquarinha do povo indígena Guarani Mbya (São Paulo); peças de cerâmica, como vasos, panelas e potes, dos Terena (Mato Grosso, São Paulo e Mato Grosso do Sul); além de objetos inéditos, como as esculturas de madeira Palikur (Amapá), que representam os bichos da natureza e seus espíritos, como aves, cobras e jacarés, e cestos Ye’kwana (Sul da Venezuela e Roraima), cuja associação de diferentes tipos de fibras permite a composição de grafismos complexos.

Para Adélia Borges, adquirir um artefato indígena faz parte de uma causa maior: a manutenção da diversidade social e cultural em nosso país. “É muito gratificante colaborar com a geração de renda de comunidades que desenvolvem seu trabalho sem desmatar a floresta, dentro dos princípios da economia verde. Além disso, usar uma pulseira ou um colar feito por indígenas passou a ser recentemente um signo de apoio à causa indígena”.

O MASP Loja ainda oferece diversos catálogos de exposições e antologias editados pelo museu, sua linha própria de produtos – o que inclui chaveiros, bolsas, guarda-chuvas, garrafas térmicas e bonés –, bem como livros de outras editoras e uma seleção de objetos criados por designers de diferentes regiões brasileiras. Os produtos são apresentados de forma não hierárquica, em coerência com o posicionamento conceitual da instituição, definido por Lina Bo e Pietro Maria Bardi, e retomado por Adriano Pedrosa desde que assumiu a direção artística, em 2014. Durante o período de exposições em cartaz no 1º andar do museu, uma unidade móvel do MASP Loja ocupa o hall de entrada desse piso.

Créditos
Com informações da Assessoria de Imprensa MASP
Foto: Mariana Chama