O comportamento alimentar não corresponde somente aos hábitos alimentares do indivíduo, mas a todas as práticas que estão envolvidas na sua alimentação, como por exemplo: seleção, aquisição, conservação, preparo, crenças, tabus e seu conhecimento sobre a área de nutrição.
O conhecimento é formado, na maioria das vezes, pelo senso comum, crenças e tabus alimentares, conhecimentos não científicos, assim como, o conhecimento científico que ocupa uma pequena parcela na formação desse comportamento.
A fórmula para o emagrecimento rápido tão desejada segue incansável e as promessas de shakes, chás, dietas milagrosas e até o uso abusivo dos chamados psicotrópicos são propagadas, na maioria dos casos, sem nenhum critério e nem fiscalização. E os vilões, uma hora é o ovo, outra o açúcar, o sódio, em alguns momentos a carne e o leite, que virou o preferido.
Sempre repito a mesma resposta para uma pergunta cada vez mais frequente: “Afinal, quem é o vilão da alimentação?” A resposta é: “O vilão? Somos nós mesmos!”. Só de pensar na palavra dieta, surgem centenas de sugestões de dietas da moda que promovem o emagrecimento instantâneo. A polêmica de seguir ou não uma “dieta sem glúten”, “sem lactose”, “LowCarb”, “Cetogênica” ou ainda, para completar surge a dieta “funcional”, se não houver suplementos, remédios e manipulados na prescrição, os indivíduos consideram que a conduta do profissional nutricionista será ineficaz e ineficiente!
O comportamento alimentar é amplo e devem ser considerados todos os fatores envolvidos, tais como o ambiente familiar, hábitos culturais, fatores socioeconômicos, presença de doenças, influência da propaganda e o famoso senso comum. Podemos dizer que é multifatorial e de difícil mudança. Por isso, a adesão é sempre o maior problema das clínicas nutricionais.
Desejo a todos uma maravilhosa semana, com felicidade, saúde e moderação.