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Sete em cada dez brasileiros afirmam que dormiriam mais se pudessem

Sete em cada dez brasileiros afirmam que dormiriam mais se pudessem

Um levantamento recente divulgado pela agência de monitoramento de mercado e consumo Hibou destacou que 7 em cada 10 brasileiros dormiriam mais, se pudessem. A pesquisa também demonstrou que a maioria dos participantes não deseja para amigos e familiares a mesma qualidade das noites de sono que costuma ter.

O número reforça outro dado já conhecido da Associação Brasileira do Sono (ABS): o de que cerca de 73 milhões de brasileiros apresenta alguma dificuldade para dormir. Chama atenção também o fato de que, entre os respondentes, 66% conferem o celular já deitado na cama e 43% assistem televisão antes de dormir.

De acordo com Letícia Azevedo Soster, médica do sono do Espaço Einstein, os dois hábitos mais frequentes destacados na pesquisa estão entre os principais fatores que podem prejudicar uma boa noite de sono. “O prejuízo das telas para o sono é fisiológico e comprovado. A luz das telas desses aparelhos inibe a liberação da melatonina, o hormônio responsável pelo funcionamento adequado do corpo durante o sono confundindo o cérebro e dificultando o organismo a iniciar o processo de repouso”, explica.

Ocorre, porém, que transtornos associados ao sono podem causar doenças crônicas, baixo rendimento no trabalho, comprometimento da saúde mental, oscilações de humor e até mesmo diminuição da libido. Isso porque, durante o sono, o organismo exerce as principais funções restauradoras do corpo, como o reparo dos tecidos, o crescimento muscular e a síntese de proteínas. Neste momento, também é possível repor energias e regular o metabolismo, fatores essenciais para manter corpo e mente saudáveis.

“Dormir bem é uma das maneiras de preservar a saúde e bem-estar. Recentemente, a Associação Americana do Coração passou a equiparar a importância do descanso noturno de qualidade com a da alimentação saudável e da realização de exercícios físicos para preservar ou melhorar a saúde do coração e do cérebro”, destaca Letícia.

E não se engane. Dormir o dobro aos finais de semana não é considerado um artifício para compensar os ganhos à saúde que o descanso noturno de qualidade promove. “Além de nosso cérebro não entender o mecanismo de compensação, adotar essa estratégia impacta na rotina diária, que é uma das maiores aliadas para o bom sono”, esclarece.

Como melhorar a qualidade do sono?

Alguns hábitos ajudam a ter mais qualidade no sono. Entre eles, especialistas destacam a chamada “higiene do sono”, que envolve a adoção de uma dieta leve no período noturno; o preparo de um ambiente adequado, sobretudo sem luzes acesas e com uma temperatura agradável; o cumprimento de uma rotina regular, com horário fixo para dormir; e o distanciamento das telas pelo menos 30 minutos antes de deitar.

A prática de atividades físicas durante o dia também é uma facilitadora da boa noite de sono. Além disso, é importante fazer da cama um espaço exclusivo para o repouso, deixando de lado o costume de comer e trabalhar nela.

“E, para aqueles que costumam se deitar com preocupações sobre os afazeres do dia seguinte, a orientação é fazer uma lista, cerca de uma hora antes de se deitar, com a programação das atividades do próximo dia, já que isso ajuda o cérebro a entender que essas atividades estão previstas e organizadas para uma posterior execução, mas que, naquele momento, é chegada a hora do descanso”, conclui Letícia.

Créditos
Com informações da Máquina Cohnwolfe.com
Foto: Divulgação