Projeto do Sesc no Pará, a I Mostra de Solos Sesc Artes Cênicas – Dança será realizada em comemoração ao Dia Internacional da Dança (29 de abril). Serão três espetáculos distintos de artistas que desenvolveram pesquisas na criação poética de solos. As apresentações acontecerão no primeiro andar do Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso, de 17 a 19 de abril, sempre às 19h e com entrada franca.
A programação tem início na noite de 17/04 com “Traços de Esmeralda”, de Ana Flávia Mendes. No espetáculo, uma mulher movida pela força de sua ancestralidade feminina é mundiada por uma entidade, a cigana Esmeralda, atuante em duas linhas da Umbanda, a dos ciganos e a das pomba-giras. Seu trajeto de vida confunde-se com a trajetória desta cigana, oralmente difundida por entre culturas de diferentes matrizes, mas especialmente conhecida no Brasil por seus dotes culinários e sua influência sobre questões de ordem amorosa. Assim como Esmeralda transita errante por diversos pontos do mundo, a mulher percorre os mais longínquos lugares de seu eu interior. Entre amores, dores, prazeres e desilusões, ela desvela-se e revela múltiplas faces do sagrado feminino em si mesma até descobrir-se uma deusa que dança. A classificação indicativa é livre.
Na quarta-feira (18), será a vez de “Tempo de Guerra”, com Renan Rosário. Um ato poético-performativo que revela a multiplicidade de corpos e de histórias que transpassam o corpo do artista, o qual, assume a complexidade de, através de uma narrativa de movimento, demonstrar um recorte de sua história e de suas relações de afetos com suas figuras maternas. “Tempo de Guerra” remete a um momento conturbado e caótico de enfrentamento de questões psíquicas problemáticas que foram engavetadas e trancafiadas na memória e no imaginário simbólico do artista, que utiliza a metáfora do rio como um recurso narrativo que faz alusão ao fluxo da vida e suas inevitabilidades. Sua classificação também é livre.
A programação encerra em 19/04 com Metamorfose”, de Gustavo Silvestre. Nele é possível acordar e não reconhecer mais seu próprio corpo, perder sua mobilidade, sua comunicação, se reorganizar, se adaptar, se metamorfosear. Um Ser à mercê de seu próprio tempo, espaço e escolhas. A opressão pelas estruturas, arquétipos e símbolos do poder ao se deparar com seus sonhos, desejos e medos. O espetáculo, do bailarino e diretor Gustavo Silvestre (SP), flerta com elementos imagéticos, entre o sonho e a realidade por meio de um trabalho híbrido entre a dança, o teatro e o audiovisual, em uma experimentação imersiva e contemporânea. A classificação indicativa é de 14 anos.
SERVIÇO
Sesc Ver-o-Peso recebe I Mostra de Solos Sesc Artes Cênicas – Dança
Período: 17 a 19 de abril de 2024
Local: Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso (Boulevard Castilhos França, 522/523)
Entrada franca