Empreendedorismo é oportunidade para mães conciliarem vida profissional e maternidade

Mulheres ainda enfrentam diversas dificuldades no mercado de trabalho. Uma pesquisa realizada pela Ticket, em 2022, aponta que 52% das mães já sofreram discriminação no emprego por terem filhos, enquanto apenas 15% dos pais relataram o mesmo. Um estudo sobre Equidade de Gênero produzido pela Avon Global, em 2023, também identificou que 63% das brasileiras acreditam que homens são mais favorecidos em termos de flexibilidade para equilibrar profissão, parentalidade e responsabilidades domésticas.

Dados como esses condizem com o cenário da população feminina do Brasil: de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente 54,6% das mulheres com filhos pequenos conseguem conciliar maternidade e trabalho — no caso dos homens, esse número chega a 89,2%.

Em busca de mais autonomia na vida profissional, muitas mães encontram no empreendedorismo a sua opção de carreira. Segundo um levantamento de 2022 do Instituto Rede Mulher Empreendedora, sete em cada dez empreendedoras brasileiras abriram o próprio negócio quando tiveram um filho. Uma maneira de entrar para esse mercado, de maneira acessível, é a venda por relacionamento. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas, pelo menos 57,8% dos profissionais do setor são mulheres.

Essa é a realidade de algumas das Representantes de Beleza Avon, que protagonizaram o manifesto “A Beleza de Estarmos Juntas”, uma ação de comunicação da marca que homenageia integrantes de sua força de vendas e ressalta a importância da união entre as mulheres para que possam alcançar seus sonhos e objetivos.

Entre os depoimentos das Representantes que participaram da iniciativa, estão os relatos de mães que contaram como a venda por relacionamento mudou suas vidas profissionais, pessoais e a relação consigo mesmas e com outras mulheres. É o caso de Eliane Bispo, moradora de Praia Grande (SP), que trabalha revendendo Avon há treze anos e conquistou sua independência financeira por meio da atividade. “Decidi me tornar Representante para ter uma renda extra. Porém, quando meu filho nasceu, parei de trabalhar fora para poder acompanhar seus primeiros passos e fiquei apenas com as vendas”, conta.

A princípio, seus planos incluíam voltar ao mercado de trabalho após a criança completar dois anos. No entanto, seu filho começou a apresentar problemas de saúde e precisou ficar internado durante cinco dias logo em seu primeiro mês de vida. “Ele possui várias alergias, então em seus primeiros anos ele sempre estava doente e, por isso, eu precisava ir com frequência ao pronto-socorro. Até tentei voltar a trabalhar fora de casa, mas não deu certo, pois estava sempre muito cansada e não conseguia conciliar todas as responsabilidades”.