Educação para o futuro começa agora: como preparar seu filho para um mundo bilíngue, digital e emocionalmente desafiador

Educadora e mãe, Aline Belarmino explica por que as transformações do presente exigem novas formas de ensinar e aprender desde a infância.

Vivemos uma era em que, mais do que nunca, inteligência emocional e empatia são competências tão valorizadas quanto um diploma. Mas como preparar as crianças para um futuro que já começou? Como educar em uma realidade que os próprios pais não viveram e ainda estão aprendendo a lidar?

“É compreensível que muitas famílias se sintam inseguras diante de um mundo tão acelerado, hiperconectado e emocionalmente exigente. Vivemos em uma realidade bilíngue e digital, onde comunicar-se em mais de um idioma amplia horizontes e desperta o pensamento global”, afirma Aline Belarmino, educadora com mais de 20 anos de atuação no setor e CEO do Colégio Bilíngue Aslan.

Para a educadora o papel da escola nunca foi tão desafiador e tão necessário. “Acreditamos que educar é muito mais do que preparar para o vestibular, é preparar para a vida. Somos uma escola de formação integral, que desenvolve não apenas o conhecimento acadêmico, mas também as competências emocionais, sociais e culturais que nossos alunos precisarão para prosperar em um mundo em constante transformação”, afirma.

Além de educadora, Aline é mãe. E como muitas famílias, também se vê aprendendo a lidar com essa realidade em tempo real. “Hoje, ser pai ou mãe é também mediar telas, lidar com novas linguagens, acompanhar a saúde emocional dos filhos. Não existe manual pronto. Mas acredito profundamente na parceria entre escola e família como pilar para essa travessia”, defende.

Bilinguismo desde a infância

Estudos mostram que crianças expostas ao bilinguismo desde cedo desenvolvem maior flexibilidade cognitiva, raciocínio mais ágil e até maior empatia cultural. Estudos já mostram que crianças bilíngues apresentam melhor desempenho em tarefas de resolução de problemas e tomadas de decisão.

“O inglês precisa fazer parte do dia a dia, não apenas da grade curricular. Inserir o idioma de forma natural, dentro das vivências dos alunos, é isso que garante uma fluência genuína e segura”, destaca Aline.

Outro ponto central na formação do aluno contemporâneo é a familiaridade com a tecnologia, não apenas como usuário passivo, mas como criador de soluções. “A tecnologia deve ser usada como aliada da aprendizagem, estimulando a criatividade, a curiosidade e o pensamento crítico. E, acima de tudo, é preciso cultivar e cuidar das habilidades emocionais como a resiliência, o autoconhecimento e a capacidade de trabalhar em equipe, qualidades que farão diferença em qualquer profissão e em qualquer parte do mundo”, reforça.

Na prática, isso significa desde aulas com recursos interativos até projetos que estimulam o pensamento computacional e a criatividade, sempre com mediação cuidadosa dos educadores.

Inteligência emocional: tão importante quanto qualquer conteúdo

Uma pesquisa recente do World Economic Forum apontou que habilidades como resiliência, autoconhecimento e trabalho em equipe são consideradas essenciais para os profissionais do futuro. E essas competências se constroem desde cedo, com intencionalidade.

No Colégio Bilíngue Aslan, o futuro não é mais algo distante, ele está acontecendo agora, e as crianças já vivem essa nova realidade. A educação precisa acompanhar esse ritmo, oferecendo experiências de aprendizagem significativas, conectadas com o mundo real. “Trabalhamos com projetos que integram ciência, arte, tecnologia e idiomas, isto desenvolve não apenas o conhecimento, mas também a capacidade de resolver problemas e pensar de forma criativa. Em vez de preparar as crianças apenas para provas, devemos prepará-las para a vida, para serem curiosas, autônomas e adaptáveis”, diz Aline.

A educadora nos lembra que a educação em países como a China e Japão, estimulam bastante o incentivo à criatividade, à inovação e à comunicação global em inglês.  “Estão sempre pensando no futuro. Acredito que preparar as crianças para o futuro é permitir que elas sejam protagonistas do presente, construindo hoje as habilidades que serão necessárias amanhã independente da profissão que este aluno irá escolher”, ressalta Aline.

E os pais, como ficam?

“Muitas vezes, os pais se cobram por não saberem tudo. Mas esse também é um tempo de aprendizado para os adultos. O mais importante é manter o diálogo aberto, confiar na escola como aliada e lembrar que formar uma criança leva tempo, paciência e presença”, aconselha a educadora.

Para ela, mais do que se preparar para o futuro, é preciso educar no presente, com os olhos atentos às transformações e o coração disponível para guiar e aprender ao mesmo tempo.

Como educar em uma realidade que os próprios pais não viveram e ainda estão aprendendo a lidar?

Na atualidade uma das maiores angústias das famílias é educar filhos em um mundo completamente diferente daquele em que cresceram. E tudo bem não ter todas as respostas. “O mais importante é estar presente, ter uma escuta ativa e empática, aprender junto e buscar referências seguras. Se você buscar ter um filho ou filha independente e seguro, é importante que ele possa ser ouvido e respeitado, assegura Aline.

Aline defende que o colégio também tem um papel essencial nesse processo, atuando em parceria com as famílias. “Quando pais e educadores caminham juntos, conseguimos construir uma base sólida para que as crianças cresçam emocionalmente equilibradas, conscientes do seu papel no mundo e preparadas para aprender continuamente, porque o aprendizado nunca termina” diz Aline, que é categórica ao afirmar que “educar para o futuro é ensinar as crianças a pensar, a sentir e a se comunicar com o mundo. E esse futuro começa todos os dias, em cada conversa, em cada descoberta e em cada nova palavra aprendida”.

No Colégio Bilíngue Aslan, alguns eventos, promovidos ao longo do ano, para aproximar as famílias, alunos e corpo docente, que funcionam como apoio educacional, tais como:

  • Noite da Família – organizada pelos alunos, a ação trabalhou noções de educação financeira e life skills (habilidades sócio emocionais), estimulando os alunos a desenvolver o papel de liderança e trabalho em equipe;
  • Little dreamers market – alunos produziram receitas na escola e fizeram vendinhas. É uma feira de estimula o empreendedorismo;
  • Mostra Científico Cultural – entre as muitas iniciativas, uma turma do sexto ano criou uma agência de turismo, incluindo material de marketing com passeios pela Amazônia, já visando a COP30.

Aline lembra ainda que nenhuma transformação acontece sozinha. “Família e escola precisam caminhar juntas. A educação precisa sair dos muros da sala de aula e criar pontes com a casa e com a vida. É assim que o aprendizado faz sentido e se torna duradouro”, diz Aline Belarmino, que finaliza: “Afinal, o futuro já chegou. E quem começa hoje, chega mais preparado”.