
Renata Segtowick assina as obras que decoram o novo espaço do banco na capital paraense.
“Poder ter obras expostas em um banco público com tamanha relevância para a nossa região e para o Brasil é um orgulho e um marco na minha carreira. É importante que o público se veja e se reconheça nas obras”, afirma Renata, que disse se sentir honrada em poder representar os artistas do Pará.

Renata é reconhecida por explorar temas ligados ao universo feminino, à cultura amazônica e ao sagrado, como forma de valorização da mulher e defesa do meio ambiente. Suas técnicas incluem pintura sobre tela, muralismo, spray, recursos digitais e intervenções em madeira. Segundo a artista, a criação das obras ocorreu de maneira intuitiva e orgânica.
“A CAIXA é uma instituição presente na vida de todos os brasileiros, desde o momento que nasce uma criança e a mãe abre uma caderneta de poupança para garantir o futuro do filho, até a compra da casa própria, da administração do FGTS para o trabalhador até a chegada da hora de descansar com o pagamento das aposentadorias, o banco está presente”, lembra.
Na intitulada “Ver-o-Peso”, a artista enfatiza o comércio realizado no mercado que é um dos maiores cartões postais da cidade. Estão ilustrados um feirante carregando um cesto de açaí, um barco trazendo gente e mercadoria, a fauna e a flora representadas pelas garças e aningas, que são plantas que crescem no alagado.
Já a ilustração “Miriti” fala de habitação de uma maneira lúdica. Miriti é uma madeira extraída do buritizeiro, uma palmeira nativa da região e muito utilizada para fazer brinquedos populares vendidos em festas como o Círio de Nazaré.
Na ilustração, um vendedor oferece uma casinha confeccionada com o material. Os brinquedos são pintados com cores vivas. A obra também retrata a Espada de São Jorge, planta que se faz presente em muitas residências brasileiras.
A obra “Tacacá” nos convida a apurar os sentidos por meio de nossa ancestralidade indígena e retrata a diversidade da culinária, os sentidos e sabores da culinária paraense. A ancestralidade está presente em todos os elementos representados, desde a beleza do dourado da pele e traços típicos como o formato dos olhos e bocas da gente amazônica. Também retrata a água, sempre presente por meios dos rios que banham a região e ao mesmo tempo são casa, rua e meio de conseguir alimentos.
As obras podem ser visitadas no novo espaço da CAIXA das 9h às 18h, de segunda à sexta. A Agência Conceito fica na avenida Presidente Vargas, 121, Campina, Belém.
Serviço
Obras de arte da Agência Conceito da CAIXA
Abertas ao público de segunda à sexta, das 8h às 18h
Avenida Presidente Vargas, 121, Campina, Belém
Entrada gratuita
Editado por Débora Costa