A maioria das pessoas desconhecem o fato de que para cada célula humana em nosso organismo, há outras nove impostoras, pegando carona. São microrganismos que incluem espécies distintas de bactérias, fungos, vírus e protozoários. Eles desempenham papel vital na saúde, doença, crescimento e desenvolvimento do seu hospedeiro. Dentre elas, existem aquelas que são benéficas e outras que podem ser patogênicas. Nosso corpo não é formado apenas de carne e osso, sangue e músculo, mas também de bactérias e fungos. Somos na verdade uma colônia – um ecossistema. E nosso corpo é apenas 10% humano. Algo como 10 trilhões de células para 90 trilhões de microrganismos. Essa condição é chamada de microbioma humano.
A medicina moderna já considera o microbioma humano um órgão de fundamental importância para saúde e manutenção da homeostase. O termo disbiose se refere a um desequilíbrio na flora intestinal, com grande proliferação de microrganismos potencialmente patogênicos.
Mas afinal, qual o problema disso?
Um dos mecanismos propostos é de que o aumento das bactérias patogênicas, influencia a permeabilidade do intestino, ou seja, altera a barreira intestinal e facilita a liberação de endotoxinas (toxina que situa-se na parede celular de algumas bactérias) para a circulação sanguínea. Essas endotoxinas promovem a instalação de um processo inflamatório, gerando desordens metabólicas.
O que causa este problema?
Os principais fatores que influenciam a composição e a manutenção da nossa microbiota intestinal, são: genéticos, tipo de parto, tipo de aleitamento, presença de doenças ao longo da vida, uso de medicamentos (especialmente antibióticos), sistema inmunológico, meio ambiente e hábitos alimentares. Assim, a alimentação é conhecida por ter efeitos muito importantes sobre o caráter da microbiota intestinal logo no início da vida, ou seja, desde a amamentação, talvez por isso falamos tanto em AME (aleitamento materno exclusivo) nos primeiros 6 meses de vida.
Sinais e sintomas:
-Flatulência;
-Enjoos;
-Desconforto abdominal;
-Diarreia;
-Prisão de ventre;
-Queda de cabelo e enfraquecimento das unhas;
-Dores de cabeça;
-Candidíases de repetição;
-Irritabilidade e fadiga.
O tratamento da disbiose intestinal deve ser feito por um nutricionista capacitado em modulação intestinal, através do aumento da ingestão de probióticos e prebióticos que ajudam a restabelecer a absorção de nutrientes, vitaminas e, consequentemente, da flora intestinal.
Desejo a todos uma maravilhosa semana!