FOLHAPRESS
Bem antes de a série biográfica estrear, Xuxa Meneghel já tinha anunciado que, apesar de assuntos incômodos serem abordados, algumas polêmicas relacionadas à sua trajetória ficariam de fora de “Xuxa, o Documentário”. Nesta quarta-feira (16), ela falou sobre um dos assuntos vetados no programa: os rumores de satanismo envolvendo o seu nome.
A apresentadora, que rebateu críticas sobre uma possível vitimização na produção, disse que se irrita com a história do suposto “pacto com o diabo” que teria feito, uma das lendas urbanas mais famosas do Brasil. No final dos anos 1980, dizia-se que, ao colocar o primeiro disco de vinil de Xuxa para tocar ao contrário na vitrola, suas músicas trariam mensagens satânicas.
Segundo uma dessas teorias, o acordo demoníaco seria o motivo para cantar “o cara lá de cima”, na letra da música “Lua de Cristal”, em vez de Deus. “Ilariê” teria uma “evocação ao demônio”, e por aí vai. “Fico com pena das pessoas que acreditam nisso, é assinar embaixo que elas são burras”, comentou, em entrevista ao Gshow.
A apresentadora prosseguiu: “‘A Xuxa teve um pacto com o diabo’. Pelo amor de Deus! Como posso ter um pacto com o diabo se eu tenho o melhor na minha vida? Como podem inventar uma coisa dessas… O disco ao contrário…. Qualquer disco ao contrário fica esquisito e você pode colocar tudo que a sua imaginação mande”, disse.
Xuxa contou que nem chegou a falar sobre o assunto com o diretor do documentário, Pedro Bial, e acredita que o jornalista não teria interesse em abordar a questão na série, por “ter um intelecto diferente” e também por ser “uma pessoa muito bem informada”.
“Ele colocar isso na série é meio que dizer assim: ‘Olha a idiotice de vocês, a burrice de vocês me fez parar para pensar por 10 segundos’… Acho que ele não ia perder o tempo dele com isso”, afirmou.