As tradicionais tapioqueiras da ilha de Mosqueiro serão destaque no quadro “Café da Manhã”, do programa “É de Casa” (Globo). Será neste sábado, 4, a partir das 7h. O quadro será transmitido diretamente da Tapiocaria, situada na praça da Matriz, um dos pontos turísticos da bucólica.
Além de deliciosas, as tapioquinhas de Mosqueiro também são reconhecidas como patrimônio cultural e imaterial do município de Belém (Lei. 9250, de 16 de dezembro de 2016).
O destaque em rede nacional alegrou Cirene Dutra Barboza, presidente da Associação dos Barraqueiros de Venda de Tapiocas e Comidas Típicas da Ilha de Mosqueiro. Ela acredita que a oportunidade ampliará nacionalmente a visibilidade do produto que representa fonte de renda para centenas de famílias. Sem perder a essência indígena, são oferecidas novas versões para garantir a freguesia.
“Estamos muito felizes em participar do programa. Já estamos nos organizando para mostrar um café da manhã com as tapioquinhas de Mosqueiro, no estilo tradicional, que é molhada ao leite de coco e na folha da bananeira”, antecipou a presidente.
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CARDÁPIO
As tapioquinhas de Mosqueiro podem ser servidas com recheios variados. O cardápio, segundo Cirene Dutra, sugere dezenas de sabores, sendo os mais tradicionais com coco ralado, molhada, com manteiga e com ovo. Mas também é possível encontrar a X-Tudo com calabresa, queijo, presunto e muitos outros produtos; com carne seca e sabor de pizza. “Foi um turista paulista que pediu e nós criamos na hora a versão pizza da tapioquinha”, contou a presidente. Nas versões adocicadas, o cliente encontra recheios de cupuaçu e doce de leite.
A Tapiocaria de Mosqueiro é um dos principais pontos turísticos da ilha. No local, trabalham 19 permissionários diretamente e indiretamente outros 57, considerando o cálculo de mais três pessoas contratadas por esses permissionários. “Nos tempos de grande movimentação como férias, Carnaval e feriados prolongados, esse número fica ainda maior”, destaca Cirene, que há 52 anos trabalha no local.
HISTÓRIA
A história das tapioqueiras começou por volta de 1963, quando a maioria vendia tapioquinhas e cuscuz na folha da bananeira em tabuleiros à frente do Mercado Municipal da Vila. “Foi um tempo difícil porque não podíamos permanecer no local e a venda tinha que ser feita cedo, na hora do café da manhã. Se não vendêssemos, voltaríamos pra casa com a mercadoria. Hoje, trabalhamos todos os dias numa estrutura que permite receber a clientela com conforto e higiene”, contou Cirene, natural do município de Santo Antônio do Tauá.
*com Agência Belém
