Agência O Globo
Nesta quarta-feira (21), aconteceu mais uma audiência para decidir se Rose Mirian teve uma união estável com Gugu Liberato e, portanto, se tinha direito à herança do apresentador que morreu em 2019. Durante a sessão, porém, mais uma novidade. Como noticiou a coluna de Mônica Bergamo, os três filhos de Gugu (João Augusto e as gêmeas Marina e Sofia) e a irmã dele, Aparecida, foram avisados de que um oficial de Justiça estava no local para entregar a eles uma intimação.
Os quatro foram informados de que existe uma ação de investigação de paternidade “post mortem” contra Gugu Liberato. O comerciante Ricardo Rocha, de 48 anos, se diz filho do apresentador e pede o que lhe caberia na herança caso se prove que ele é, mesmo, irmão dos herdeiros já reconhecidos.
Para provar que também é filho de Gugu, ele solicita que os supostos parentes se submetam a exame de DNA. Caso se neguem, pede que o corpo do apresentador seja exumado para realização do teste.
Em nota, o advogado de Marina e Sofia Liberato, Nelson Wilians, diz que ainda está se inteirando sobre a ação de investigação de paternidade, mas não vê motivos para suas clientes não fazerem o teste de DNA.
“A princípio não há motivo de suas clientes se recusarem a colaborar com um pedido de realização de exame de DNA, caso seja pertinente perante a lei”, esclarece a nota.
Segundo a intimação, a mãe de Ricardo, identificada como Otacília Gomes da Silva, teria conhecido “Antonio Augusto Moraes Liberato (o notório apresentador de televisão ‘Gugu Liberato’)” no segundo semestre de 1973, “em uma padaria que existia na rua Aimberê, 458, bairro de Perdizes, nesta capital”. A petição informa que “a genitora” trabalhava como babá e empregada doméstica “na residência de uma família nipônica” que morava ao lado da panificadora.
Ela ia diariamente à padaria, “oportunidade em que se encontrava com Antonio Augusto que, muito comunicativo, a flertava e, com o passar do tempo houve a evolução da amizade, alguns passeios, culminando em relacionamento íntimo entre eles”.
Em 1974, depois de passar férias com a família para a qual trabalhava no litoral paulista, ela retornou e “constatou a gravidez”.
Otacília teria procurado Gugu para “lhe informar a novidade”. Mas “este não mais foi encontrado naquele comércio, perdendo totalmente o contato”.
Quando Gugu iniciou sua carreira televisiva, diz a intimação, o adolescente começou a acompanhá-lo à distância, mas “entendeu protelar a busca do reconhecimento da paternidade para o futuro”.
Com a morte de Gugu e a disputa pela herança, Ricardo teria decidido buscar seus direitos, movendo a ação de paternidade.